Muitos pensam que os velhinhos já deviam ter parado, outros os idolatram e os adotam como verdadeiros mentores, enquanto os jovens muitas vezes são vistos como o sangue novo das empresas, o que as fará achar novas soluções para o futuro próximo. A verdade é que ambos são importantes, sim, nas empresas. Enxergo uma discrepância entre os profissionais Y e os mais experientes, que são os baby boomers ou até mais experientes, como eu. Os mais jovens têm tudo que seus pais, geração X, não tiveram: cursos de idiomas, colégios e faculdades particulares, tecnologia etc. E os baby boomers, por sua vez, mesmo que muitos sequer tenham uma graduação, têm a experiência e a vivência. Ambos devem se completar.
Um ideal, defendo, é muito relativo para ser definido, mas há que se ter equilíbrio. Toda empresa precisa de pessoas com visão estratégica, que conhecem o mercado com a palma das mãos, e também precisa daqueles que executam tarefas mais simples e gastam mais energia.
Não digo que uma empresa que tenha em sua maioria profissionais de um tipo não funcione. Muito pelo contrário. Há empresas inovadoras e cheias de jovens que estão dando muito certo, pois acharam um nicho de mercado onde outros jamais estiveram, mas ainda assim, acredito que a voz da experiência poderia ajudar a conquistar mais mercado ainda. E também as empresas com uma visão estratégica impressionante, mas que pode correr o risco de cair na obsolescência, por faltar justamente o conteúdo novo, a atualização que os jovens trazem das carteiras da escola e faculdade.
Na empresa que fundei, por exemplo, existem profissionais de todas as idades. Cada um no seu cada qual. A única coisa que faço questão é que estejam de acordo com nossos valores, que sejam competentes e que entendam que nossos clientes sempre deverão ser tratados de forma especial. De resto, espero que eles sejam o mais diferentes entre si possível, pois são as diferenças que compõem as melhores ideias e os melhores trabalhos.
Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/1932-a-importancia-de-ter-equipes-mistas
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