quarta-feira, 22 de maio de 2013

Souza Cruz aposta em novos destinos para crescer

Fonte: www.agrolink.com.br/ Foto: Fabio Colombini

Ao completar 110 anos de atividade em 2013, a Souza Cruz amplia o papel das exportações como uma das principais fontes de receitas da companhia que detém 74,9% do mercado doméstico de tabaco. Com 120 mil toneladas exportadas em 2012, montante 24% superior ao registrado em 2011 e responsável por engordar o faturamento anual em R$ 1,37 bilhão, as vendas externas passaram a ocupar papel de destaque nas estratégias competitivas.

No Rio Grande do Sul, a força do setor pôde ser medida na balança comercial do ano passado. Apesar de queda generalizada de 10,5%, o tabaco se manteve como o principal item da pauta gaúcha, ficando com 12,9% do total de vendas externas do Estado - crescimento de 18% sobre o ano anterior.

Uma das explicações para a escalada reside em tratar as vendas externas como resposta às recentes alterações de legislação interna. Entre elas, a implementação do preço mínimo ao consumidor (R$ 3,00/carteira de cigarro), o reajuste dos custos em decorrência do aumento na alíquota de IPI em 41% em 2012 e o compromisso de retirada dos produtos com sabor mentolado em prazo de um ano têm influenciado negativamente o segmento. Na Souza Cruz, entretanto, o efeito das mudanças foi sentido com a redução de 70 milhões, em 2011, para 66 milhões, no ano passado, do total de unidades comercializadas no Brasil - o principal mercado consumidor da América Latina com 42% das vendas do continente.

Considerada uma das 10 maiores empresas brasileiras em geração de tributos, a companhia ainda é dos um dos principais players, com R$ 8,508 bilhões em geração de tributos sobre as vendas. Hoje em dia, se a principal fonte no valor consolidado de R$ 11,7 bilhões em 2012 é a exportação, a empresa também é reconhecida pelos constantes pagamentos de dividendos. E, no ano passado, os acionistas receberam R$ 1,55 bilhão o equivalente a 13,3% das receitas, o que garante bons desempenhos das ações da CRUZ3 em bolsa.

No entanto, conforme explica o diretor de tabaco e regional América, Dimar Frozza, para acompanhar as transformações do mercado é preciso voltar cada vez mais as atenções ao cenário externo. A receita tem sido aplicada ao longo dos anos e envolve, essencialmente, investimentos contínuos em qualificação de produtos junto ao sistema integrado que conta com mais de 30 mil agricultores que abastecem as quatro usinas de processamento localizadas em Santa Cruz do Sul (RS), Blumenau (SC), Rio Negro (PR) e Patos (PB), além das duas fábricas de cigarros - uma em Cachoeirinha (RS) e outra em Uberlândia (MG).

Com a instalação, em 1917, da planta no munícipio de Santa Cruz do Sul, a empresa Brazilian Tobacco Corporation, subsidiária da British American Tobacco, tem início a mescla da história da empresa, transformando a cidade gaúcha em um polo nacional da indústria fumageira. Atualmente, a estrutura de distribuição é formada por seis Centrais Integradas de Distribuição (CIDs), localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem, Curitiba, Porto Alegre e Recife, 24 Centros de Distribuição e 80 postos de abastecimento.

Pioneirismo que se traduz em resultados

De olho nas reestruturações do mercado, a Souza Cruz aposta na diversificação de mercados. Desde o primeiro embarque, realizado em 1969 para a Europa, já são mais de 40 países compradores, dentre eles, a China, com média de crescimento de pedidos de 10% nos últimos cinco anos. “Os chineses têm um mercado ascendente, principalmente, nos produtos premium e de alta qualidade. É justamente esse o nicho a ser explorado pelo Brasil, pois possuímos um produto de qualidade e em total confluência com a demanda do mercado chinês”, revela o diretor de tabaco e regional América, Dimar Frozza.

Detentora de marcas de alta qualidade como Dunhill, Free, Lucky Strike, Hollywood, Derby, entre outras, a empresa se diz preparada para novos desafios no Brasil. Entretanto, as principais vendas estão concentradas em tradicionais parceiros comerciais. Do total exportado, 41% é destinado ao Leste Europeu, 37% ao Oriente Médio, 17% à Ásia e o restante, 5%, permanece na América Latina.

“Sempre valorizamos as práticas sustentáveis na produção de tabaco, bem como os investimentos em qualidade. O sistema de produção integrado e a nossa experiência fizeram com que alavancássemos dois fatores: a segurança dos suplementos e a sustentabilidade dos fornecimentos, pois tudo é feito apenas com produtores que obedecem às orientações técnicas e os cuidados necessários”, defende.

Por isso, outro destaque é o desenvolvimento de um programa para a qualificação da Souza Cruz como polo de produtos acabados e semiacabados para o Grupo BAT. A estratégia foi responsável por iniciar a exportação de cigarros para Argentina, Chile e Cuba, com volumes estimados em 300 milhões de unidades por ano, além da exportação de filtros e tabaco processado.
 

 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Curso de Atualização

A Gerência de Classificação e Certificação (GCC) está realizando curso de atualização para classificadores, em virtude das novas Instruções Normativas publicadas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) para os produtos Milho (IN n° 60/2011 e 18/2012) e Trigo (IN n° 38/2012).
 
Já foram realizados dois cursos: o primeiro, no mês de março; o segundo, nos dias 13 e 14 de maio. A última turma será em junho. O conteúdo compreende parte teórica e prática, com ênfase nos padrões que estão sendo alterados pelas novas Instruções Normativas.
 
O segundo curso, realizado no ínicio desta semana, contou com a participação de 14 técnicos classificadores que atendem às demandas de classificação para comercialização e importação de produtos, tanto no mercado interno, como no externo.
 
As aulas são ministradas pelo engenheiro agrônomo Antônio Carlos de Souza Guimarães, também coordenador do curso, pelo economista e classificador Rogério Henrique Bruschi e pelo classificador Gilceu Cippolat.
 
Fonte: Notícia retirada do site: https://intranet.emater.tche.br/intranet/freepaper2/index.php?swf=../arquivos/informativosunificados/1488001767.swf&nome=Not%EDcias+da+Casa+-+n%BA+70. Informativo Notícias da Casa, n° 70. publicado em: 17/05/2013.

Mercado Firme em Maio

Colheita está quase finalizada no Rio Grande do Sul/ Foto: Robispierre Giuliani/Planeta Arroz

Depois de acumular alta de 5,26% em abril, arroz já alcança 4,19% de valorização em maio

Com o mais baixo estoque de passagem da década, em 1,68 milhão de toneladas segundo a Conab, e uma colheita que deve ser muito similar àquela da temporada passada, por causa da redução de área em alguns estados e as perdas climáticas no Sul e na inviabilidade do cultivo nas áreas de sequeiro do Nordeste, o cenário do mercado de arroz no Brasil é de preços em elevação em maio.

Depois de consolidar uma recuperação de preços na ordem de 5,26% em abril, as cotações de arroz no Rio Grande do Sul acumulam variação positiva de 4,19% até a última terça-feira (17/5), segundo o indicador de preços do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros), que alcançou valor de R$ 33,78. Na conversão em dólar, pelo valor do dia, a saca equivale a US$ 16,57. O dólar estadunidense encontra-se em movimento de valorização no Brasil.

No mercado livre, o arroz gaúcho é cotado a R$ 33,50, em média, na maioria das praças. As variedades nobres, acima de 64% de inteiros, alcançam R$ 40,00 por saca no Litoral Norte, e R$ 35,00 a R$ 37,00 na Fronteira-Oeste, para o produto acima de 60% de grãos inteiros. Em Santa Catarina a elevação das cotações gaúcha foi acompanhada, com a saca valendo, em média, R$ 33,00 no Sul do estado e R$ 34,00 em Turvo. No Mato Grosso, a elevação do volume de safra, por conta dos bons preços obtidos no ano passado e alguma recuperação de pastagem degradada e abertura de área para soja, estabeleceram preços menores, mas estáveis nos últimos 15 dias, para o cereal: R$ 35,00 a R$ 36,00 por saca de 60 quilos para o grão acima de 55% de inteiros.

No Sul do Brasil os produtores continuam vendendo apenas volumes necessários para honrar compromissos, ao passo que preferem negociar soja, milho e pecuária, aguardando melhores preços no segundo semestre para comercializarem o arroz. A baixa oferta mantém os preços firmes e o mercado aquecido.
 
Enquanto isso, o Irga já indica 99% da colheita gaúcha encerrada, mesmo percentual indicado para a safra catarinense, até o dia 15 de maio. Esta semana a totalidade das lavouras do Sul devem encerrar a colheita. A produção tende a ficar 7% abaixo do previsto em Santa Catarina e, no Rio Grande do Sul, em cerca de 8 milhões de toneladas.

MERCADO EXTERNO
As exportações brasileiras, que partem principalmente do Rio Grande do Sul, estão em baixa por causa dos preços internos mais altos, que derrubam a produtividade, e do gargalo dos portos. Há empresas com negócios alinhavados para exportar arroz em casca, mas sem terminal portuário para embarcar. Em abril as exportações brasileiras de arroz recuaram para 77.298 toneladas (base casca) bem abaixo das 112.054 toneladas (base casca) de março. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (abril/2012), as vendas externas recuaram 50,5%.

Nos dois primeiros meses do ano-safra 2012/2013 – março e abril de 2013, as exportações de arroz somam 189.352 toneladas (base casca), 44,8% abaixo do volume exportado no mesmo período da safra anterior (342.876 toneladas base casca), segundo o analista Carlos Cogo.
Ao passo em que as exportações diminuíram por conta das dificuldades de embarque e preços internos mais altos, as importações subiram para 114.510 toneladas (base casca) em abril, acima das 94.880 toneladas (base casca) de março. Nos dois primeiros meses do ano-safra 2012/2013 – março e abril de 2013, as importações de arroz somam 209.390 toneladas (base casca), 9,5% acima do volume importado no mesmo período da safra anterior (191.184 toneladas base casca), segundo a mesma fonte.
 
A situação só não é mais grave porque as importações de Irã e Iraque estão impulsionando a demanda do arroz uruguaio em 2013. Estima-se que o Uruguai já vendeu cerca de 300 mil toneladas de arroz para os dois países do Oriente Médio por preços referenciais de US$ 560 a US$ 580 por tonelada. Outras 300 mil toneladas de arroz branco estariam sendo agendadas para embarque nos próximos meses, segundo agentes de mercado do país sul-americano.

A maior pressão de oferta do Mercosul para o mercado brasileiro neste primeiro semestre está sendo do Paraguai, país cuja produção destina-se exclusivamente para o Brasil e tem ação diferente dos uruguaios, que preferem buscar terceiros países a comprometer as cotações brasileiras. Os paraguaios preferem despejar a safra diretamente no Brasil assim que colhem, até por limitações na estrutura de armazenagem.

DE OLHO
Ao mesmo tempo em que está atento à balança comercial do arroz (relação exportação x importação), o produtor de arroz está de olho nos movimentos do governo federal. A Conab já tem na manga os editais para os primeiros leilões de oferta dos estoques públicos nacionais, cujo volume está em torno de 1,05 milhão de toneladas. O secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, já avisou que se os preços chegarem a R$ 34,00 no Rio Grande do Sul, os primeiros leilões serão lançados. Os valores médios hoje estão entre R$ 1,00 e R$ 0,50 abaixo dos patamares indicados pelo governo como referenciais para deflagrar a operação de oferta do produto público. A ação do governo federal tem por objetivo manter o fluxo de oferta e arrefecer a alta dos preços de um item essencial da cesta básica brasileira e seu impacto sobre a inflação do País.

Por um lado, os produtores acreditam que o governo deve aguardar um pouco mais, pois há oferta do grão e o mercado está abastecido. Por outro lado, há produtores e até analistas que consideram que se o governo ofertar produto já neste final de safra, os estoques públicos devem cair muito para o próximo ano, já que boa parte destes teriam qualidade duvidosa, por serem remanescentes de safras muito antigas. Assim sendo, os preços tendem a subir mais no segundo semestre, no pico de entressafra, e para o próximo ano. Todavia, há quem considere que se os estoques públicos forem desovados agora, o governo pode incentivar as importações no segundo semestre do ano comercial, inclusive de terceiros mercados. Uma ação deste tipo poderia trazer efeitos graves à comercialização e à valorização interna do cereal.

Enquanto isso não acontece, o mercado de arroz mantém-se em tendência de alta até, pelo menos, o final de maio.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica cotações médias de R$ 33,50 para a saca de arroz de 50 quilos, em casca, no Rio Grande do Sul. O valor referencial para a saca do produto beneficiado, em 60 quilos, é de R$ 70,00, também com pequena variação positiva. A tonelada do farelo de arroz colocado em Arroio do Meio/RS é cotada em estáveis R$ 350,00. Também estáveis são os preços do canjicão (60kg/FOB) em R$ 37,00 e da quirera (60kg/FOB) em R$ 33,00.
 
Fonte: Notícia retirada do site: http://www.planetaarroz.com.br/site/noticias_detalhe.php?idNoticia=11900. Publicada em: 19/05/2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

RS colhe 2,5 milhões de toneladas a mais de soja

Produção total atingiu 4,3 milhões de toneladas; parte do produto precisou ser armazenada em ginásio de esportes

 
 
PORTO ALEGRE - Os produtores gaúchos estão entusiasmados com a safra de soja deste ano. Com 90% do grão colhido e estocado, a produção atingiu 4,3 milhões de toneladas, 2,5 milhões de toneladas a mais do que a safra passada, quando a lavoura foi castigada pela estiagem. A informação é do agrônomo Áureo Mesquita de Almeida, coordenador da Câmara Setorial da Soja da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa).
 
Em São Francisco de Assis, na região da Fronteira Oeste, a Cooperativa Agropecuária & Industrial (Cotrijui), teve de armazenar parte do produto em um ginásio municipal de esportes. A cooperativa tem capacidade de armazenagem que supera 997 mil toneladas. Almeida disse ainda que este ano os preços estão elevados e aumentando ainda mais o entusiasmo dos agricultores gaúchos, que poderão novamente se capitalizar. Nesta quinta-feira, segundo levantamento feito pela Emater-RS a saca da soja estava cotada em R$ 57,00.
 
Conforme o setor de acompanhamento de safras da Emater a soja está com a colheita praticamente encerrada, com os produtores avançando sobre 90% da área estimada para este ano. As quantidades retiradas ultimamente têm surpreendido. Em situações não raras, ultrapassam os 3 mil kg/ha. Essa ocorrência poderá trazer alterações (positivas) na contagem final da safra, podendo a mesma ser superior ao que se vem estimando atualmente.
 
Com o mercado tranquilo quanto à oferta do produto, as cotações da saca de 60 kg oscilam dentro de patamares considerados normais para o cenário. Nesta semana a mesma teve redução de 0,97% em relação à semana anterior, ficando em R$ 53,97. Ainda segundo o coordenador da Câmara Setorial da Soja, metade da produção gaúcha deverá ser exportada nos próximos meses pelo porto de Rio Grande. O restante será esmagado para ser transformado em óleo comestível e biodiesel e o farelo será destinado a ração animal. O farelo de soja é um dos principais integrantes das rações para alimentação de suínos e aves.
 
Em Santa Catarina, o clima também é de otimismo. A safra catarinense de soja cresceu 48% este ano em relação a 2012. Fatores, entre eles climáticos, combinados com o aumento do plantio e investimentos em equipamentos resultaram na supersafra que poderá chegar a 1,6 milhão de toneladas. Pelas estimativas, o aumento deve movimentar R$ 1,4 bilhão na economia do Estado.
 
(Colaborou Júlio Castro, especial para O Estado)
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Capacitação para Classificadores

Fonte: Théo Kroll da Costa


A Gerência de Recursos Humanos, através do Núcleo Assistencial de Saúde, está realizando treinamento de qualificação para todos os classificadores, visando à melhoria contínua no que diz respeito a aspectos de Segurança no Trabalho. Os assuntos tratados neste treinamento referem-se à Norma Regulamentadora nº 33, que trata sobre o trabalho em espaço confinado e a Norma Regulamentadora nº 35, que trata sobre o trabalho em altura.
Os treinamentos acontecem durante três dias e estão sendo ministrados em parceria com a empresa TecnoServ. Cerca de 100 classificadores devem ser qualificados até o final de junho.
 

 

Emater/RS-Ascar confirma segunda maior safra da história do RS

Crédito: José Schafer/ Fonte: www.emater.tche.br
 
 
A Emater/RS-Ascar divulgou, nesta quinta-feira (09/05), os números referentes à safra de grãos de verão 2012/2013, confirmando a projeção de uma excelente produção para o Rio Grande do Sul. Com a colheita do feijão 1ª safra já encerrada e das demais culturas encaminhando-se para o final, restando ainda o feijão da 2ª safra com 25% de área colhida, pode-se afirmar que a atual safra configura-se como a segunda maior já colhida no Estado com os principais grãos de verão, totalizando 26,38 milhões de toneladas, colocando-a muito próxima da safra recorde de 2011, quando foram colhidos 26,55 milhões de toneladas com os mesmos grãos.

O destaque desta supersafra fica por conta da soja. Com os bons rendimentos das variedades de ciclo médio e tardio, os quais ficaram, em alguns casos, acima dos 3 mil quilos por hectare, o Rio Grande do Sul colherá a maior safra da história, com a produção chegando a 12,388 milhões de toneladas, o que representa cerca de 9% a mais que a estimativa inicial.

Nesta cultura, também foram observados aumento na área plantada, que passou para 4.602.415 de hectares – cerca de 200 mil hectares a mais em relação à estimativa inicial divulgada pela Emater/RS-Ascar em março - e na produtividade média, que ficou em 2.692 quilos por hectare. A amostra contabilizou informações de 318 municípios produtores, o que representa 92% do total.

O levantamento constatou também, na cultura do milho, aumento na produtividade média em âmbito estadual, que passou para 5.189 quilos por hectare. Como consequência, houve incremento na produção, ficando em 5,471 milhões de toneladas. Em relação à área plantada, não foram observadas alterações. Os dados foram coletados em 377 municípios produtores, o que representa 94% do total semeado com milho no Estado.

Na cultura do arroz, houve aumento na área plantada, passando de 1,008 milhão de hectares para 1,077 milhão de hectares. Por consequência, houve alteração na produtividade média estadual e na produção total, que ficará em 8.423.459 de toneladas, o que representa incremento de 9,5% em relação à safra de 2012. O universo pesquisado foi de 79 municípios, que cobrem 83% da área cultivada.

Já para a 2ª safra do feijão, nos 122 municípios produtores de feijão pesquisados – cerca de 70% do total - não houve alteração na área em relação à estimativa inicial, permanecendo com 19.268 hectares cultivados. Aumento somente na produtividade e na produção, a qual deverá ficar 30,78% acima da estimativa inicial, totalizando 26,7 mil toneladas.

“Todo esse potencial da safra de verão, a segunda maior da história do RS, se deve à ocorrência de chuvas normais, apesar dos previstos bolsões, aos bons preços, que se confirmaram, e ao crédito abundante e barato, que permitiu aos agricultores gaúchos investirem em tecnologia”, afirmou o presidente da Emater/RS, Lino De David.

Conforme De David, todos esses investimentos se confirmam quando se analisa o Valor Bruto de Produção recebido pelos produtores gaúchos. Em 2011, a maior safra da história do Rio Grande do Sul, o VBP foi de R$ 14,21 bilhões. Em 2012, como reflexo da estiagem, ficou em R$ 11,078 bilhões. Para 2013, a segunda maior safra do Estado terá como VBP R$ 18,848 bilhões.

“Além do bom momento em termos de produção, a comercialização da safra e os preços recebidos têm sido satisfatórios, o que estimula os agricultores a investirem nas culturas de inverno, como canola, forrageiras e trigo, cujas estimativas devem ser divulgadas no final de maio”, completa De David.
 
 
Fonte: Notícia retirada do site: http://www.emater.tche.br/site/noticias/noticia.php?id=16810 Publicada em: 09/05/2013. Por: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar; jornalista Júlio Fiori; imprensa@emater.tche.br:

quinta-feira, 9 de maio de 2013

SOJA: Preço futuro desencoraja venda antecipada da safra 2013/14

Fonte: www.portaldoagronegocio.com.br

A diferença de preços entre o contrato "spot" da bolsa de Chicago e os vencimentos do primeiro semestre de 2014 está desencorajando as vendas antecipadas da próxima safra brasileira, num ambiente de cautela bem diferente do verificado um ano atrás, disseram especialistas
 

As vendas antecipadas da safra 2013/14 no Brasil, que será plantada no segundo semestre deste ano, não passam de 1 por cento do total estimado para a colheita, segundo previsão da consultoria Safras & Mercado.

 Neste mesmo período em 2012 as vendas antecipadas chegavam a 14 por cento da safra futura. A média de cinco anos para esta época gira em torno de 4 por cento da colheita esperada.

"Os cenários de preços para o final de 2013 e para 2014 são de preços dentro da média normal, mas abaixo do que se tem hoje", ressaltou o analista Flávio França Jr., da Safras.

O primeiro contrato da soja na bolsa de Chicago (CBOT), com vencimento em maio, foi negociado a cerca de 14,4 dólares por bushel na quinta-feira (02), contra 12,24 dólares do contrato maio de 2014.

"Esse preço para maio 2014 não é ruim. Se ele (produtor) vender, vai ficar no positivo, mas não é empolgante, porque ele tem na memória 17 dólares por bushel no ano passado, e 14 dólares atualmente. Tem um aspecto psicológico muito forte", disse França.

No ano passado, a soja atingiu um preço recorde na bolsa de Chicago, por conta da quebra de safra na América do Sul e, posteriormente, nos Estados Unidos.

"No ano passado, em março, já estávamos negociando enlouquecidamente."

O momento é de compra de insumos para a próxima safra, que começa a ser plantada em meados de setembro no Centro-Oeste, como fertilizantes, defensivos e sementes.

Na avaliação da Aprosoja, associação que reúne produtores de soja de Mato Grosso --principal Estado em volume colhido--, os agricultores estão evitando fechar negócios que envolvam a troca de soja a ser colhida por insumos. A preferência é por assumir a dívida pelos produtos necessários e esperar que a soja suba de preço no futuro.

"Como o custo subiu e o preço já está sendo sinalizado como menor para o próximo ano, a relação de troca fica prejudicada", afirmou a gerente de Relações Institucionais da Aprosoja, Maria Amélia Tirloni.
"Ele está olhando, buscando como travar preços (para insumos), mas ele está buscando outras formas de pagamento."
Na avaliação do diretor da consultoria SIM-Consult, João Birkhan, muitos produtores estão capitalizados e conseguem pagar os insumos da próxima safra com recursos da venda da safra 2012/13, durante a qual foram registradas altas históricas nos preços da oleaginosa.

"Ele (produtor) está comprando fertilizantes com a safra atual... Não há razão para alguém se apressar."

Na avaliação do especialista, há espaço para alta nos contratos mais longos.

"O mercado pode subir mais. Mesmo que a América do Sul tenha produzido uma safra recorde, os estoques mundiais estão apertados. Como a quebra norte-americana foi muito grande (em 2012), não conseguimos repor os estoques", disse Birkhan.
 
Fonte: Noticia retirada do site: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=92642. Publicada em: 03/05/2013