sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Governo investe em comercialização de trigo

O Mapa, por meio da Secretaria de Política Agrícola, negociou com o setor produtivo e vai investir R$ 200 milhões na comercialização de trigo nos próximos dias. O acordo, firmado nessa quarta-feira, 23 de novembro, inclui a realização de leilão extraordinário em 30 de novembro. Serão comercializadas 350 mil toneladas do cereal, em operações de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e Prêmio para Escoamento de Produto (PEP).

Seguindo o cronograma do governo, o próximo leilão, previsto para o dia 7 de dezembro, também envolve 350 mil toneladas de trigo. O total dos dois leilões soma 300 mil toneladas para Paraná e 300 mil no Rio Grande do Sul.

Além dos leilões de PEP e Pepro, no montante de 700 mil toneladas nos dois leilões (30/11 e 07/12), o governo disponibilizará R$ 110 milhões, em dezembro/11, suficientes para a aquisição de 230 mil toneladas por AGF (Aquisição do Governo Federal). O limite será de mil sacas por CPF para pulverizar os recursos entre o maior número de produtores.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lembra que essas medidas têm como objetivo garantir o preço mínimo do trigo aos produtores. “Para a estocagem, está autorizada linha de crédito de EGF (Empréstimo do Governo Federal), que libera um crédito de até R$ 40 milhões por tomador (indústria ou comerciante)”. A taxa de juros do EGF é de 6,75%, como está prevista no Plano Agrícola e Pecuário 2011/12. Os interessados deverão dirigir-se aos agentes financeiros que operam o crédito rural. “Estas medidas fortalecem a atenção do Ministério para atender o setor tritícola”, afirma Mendes Ribeiro.

O governo já realizou dois leilões de trigo de PEP e Pepro. No leilão do dia 09 de novembro, foram comercializadas 147,7 mil toneladas de uma oferta de 300 mil t. No leilão dessa quarta-feira (23/11) foram comercializadas 211 mil toneladas de uma oferta de 345 mil toneladas.

A previsão do governo é realizar leilões para escoamento de trigo de 15 em 15 dias. O próximo será em 21 de dezembro; e, em 2012, em 04 e 18 de janeiro e 01, 05 e 29 de fevereiro.

Saiba Mais

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) – O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.

Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento.


Leilane Alves
Mapa
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Arroz alcança o preço mínimo no RS

Valor, no entanto, só vale para o produto colocado na indústria (58x10), em cidades que são pólos industriais. Ainda assim, a notícia é boa e está associada ao fôlego das medidas governamentais e à entressafra que entra em sua fase mais aguda

imagem Grão recupera valor, mas ainda está abaixo do custo de produção Foto: Robispierre Giuliani/Planeta Arroz

As cotações do arroz no Sul finalmente ultrapassaram a linha do preço mínimo da política de garantia do governo federal, de R$ 25,80 no Rio Grande do Sul, para a saca de 50 quilos (58x10), tipo 1, em casca, colocado na indústria e com pagamento à vista. O indicador de preços do arroz em casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias – BM&F Bovespa, deve retratar valor acima de R$ 25,80 para a saca nesta sexta-feira, 18 de novembro, o que dará fôlego para uma elevação ainda mais consistente até o final do mês e o pico da entressafra. Nesta quinta-feira, 17/11, o indicador registrou preço médio de caprichosos R$ 25,79, faltando um centavo para superar a barreira do valor referencial.

No mês de novembro, a variação positiva já acumula 3,87%. E pela cotação desta quinta-feira, uma saca se equiparava a 14,49 dólares. Na média da semana, o valor referencial do arroz em casca, nas condições pesquisadas pelo indicador, é de R$ 25,67, com ganho de 0,97% na semana e uma redução, em dólar, de 15 centavos de dólar. A bem da verdade, este valor referencial não chega a ser pago ao produtor, em razão do conjunto de taxas, descontos, serviços de armazenagem, etc... Mas, o impacto psicológico sobre a linha do preço mínimo é positivo para o produtor.

Algumas variáveis são determinantes para esta trajetória recente de recuperação dos preços arrozeiros. Evidentemente os mecanismos de comercialização do governo são a principal causa desta recuperação, com destaque para os contratos de opções (e repasses) e o PEP, que oportunizou exportações recordes. Este enxugamento do mercado interno mostra números bem mais positivos do que os projetados no início da safra, quando se previa um recorde produtivo, posteriormente confirmado, mas, um estoque de passagem bem maior em razão das dificuldades para exportar e das facilidades do Mercosul em ingressar com arroz no mercado brasileiro. O PEP desafogou os estoques e o Brasil bate recordes de exportação em 2011, o que é uma grande notícia.

Ainda assim, ao longo dos 10 meses de mecanismos de comercialização disponíveis, raros produtores, e principalmente os que têm disponibilidade de recursos, tiveram acesso aos preços mínimos garantidos pelos mecanismos de governo. Destes, boa parte ainda dispõe de estoques particulares. A maioria dos arrozeiros já negociou o produto com médias entre R$ 18,00 e R$ 21,00 ainda no primeiro semestre do ano safra, para honrar compromissos.

De qualquer maneira, o referencial de preços superiores ao valor mínimo de garantia traz uma expectativa melhor de comercialização para a safra 2011/12, se mantidos os mecanismos governamentais e o suporte às exportações. A cereja do bolo seria uma desvalorização cambial de pelo menos 10% no real, o ajuste no valor do PEP e uma medida que restringisse o ingresso excessivo de arroz do Mercosul. Mas, em ano que a safra brasileira será inferior ao consumo, apesar dos estoques públicos e privados abarrotados, a tendência é de que o Mercosul inunde o mercado nacional com arroz mais barato.

A partir desta semana, com a possibilidade do produtor gaúcho exercer as opções, o mercado tende a ficar mais tensionado, levando indústria e arrozeiro a uma disputa de estabelecimento de novo patamar de preços. O varejo segue pressionando contra os reajustes do fardo, enquanto já antecipa repasses ao produtor, conforme relatado nos últimos 15 dias por diversas pesquisas de cesta básica realizadas nas capitais e principais cidades brasileiras.

SAFRA

A safra brasileira segue sendo plantada e apresentando um atraso significativo. Estima-se que até o dia 20, data-limite tecnicamente recomendada para encerrar a semeadura no RS, restarão ainda pelo menos 20% da lavoura a ser plantada. Clima, baixa recomposição dos mananciais hídricos para garantirem a irrigação nas regiões da Campanha e Fronteira-Oeste, dificuldades de acesso ao crédito e falta de recursos na mão do produto (principalmente na Depressão Central), em razão da falta de rentabilidade da cultura nos dois últimos anos, são causas deste atraso no preparo do solo e das operações de semeadura.

MERCADO
Link
A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios de R$ 25,80 para a saca de arroz em casca de 50 quilos (58x10) em todo o Rio Grande do Sul. Referência de R$ 50,00 para a saca de 60 quilos de arroz branco. Em razão da demanda estável por quebrados de arroz, os preços médios dos derivados estão mantidos há pelo menos três meses, com o canjicão referenciado em R$ 33,50, a quirera em R$ 31,50 (ambos em 60 quilos) e o farelo de arroz estável em R$ 270,00 por tonelada/FOB no RS.


Fonte: http://www.planetaarroz.com.br/site/noticias_detalhe.php?idNoticia=10317

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Preços mundiais do arroz tendem a baixar

A produção mundial aumenta e as reservas mundiais devem alcançar o nível mais alto dos últimos dez anos

Em outubro, os preços mundiais caíram devido a uma oferta mais abundante e um dólar ligeiramente mais forte, diz o boletim internacional InterArroz, do analista Patrício Méndez del Villar, do Cirad francês. Além disso, é pouco provável que a nova política de preços internos da Tailândia tenha repercussões fortes, a nível internacional, por enquanto.

Os competidores asiáticos se mostram comercialmente mais agressivos nos mercados de exportação e baixam seus preços. Do lado comprador não há pressa, já que as perspectivas para 2012 são bastante otimistas. A produção mundial aumenta e as reservas mundiais devem alcançar o nível mais alto dos últimos dez anos. Consequentemente, o comércio mundial pode diminuir um pouco, com uma demanda menos forte dos principais importadores asiáticos, sobretudo nas Filipinas.


Em outubro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu levemente 1,6 pontos para 268,3 pontos (base 100 = janeiro 2000) contra 269,9 pontos em setembro. No início de novembro, o índice IPO marcava 267 pontos.Produção e comércio mundiais

PRODUÇÃO MUNDIAL

Segundo a FAO, a produção mundial em 2010 alcançou 700 milhões de toneladas (467Mt base arroz beneficiado) contra 683Mt de arroz em casca em 2009, um aumento de 2,3%. As colheitas aumentaram em quase todas as regiões arrozeiras do mundo graças a uma extensão das áreas de cultivo, as quais alcançaram cerca de 163Mha. As projeções para a temporada 2011 indicam um novo recorde da produção a 723Mt (482,4Mt base arroz beneficiado), alta de 3,4%. Este crescimento será concentrado nos principais países produtores asiáticos, especialmente China, Índia e Indonésia, que totalizam juntos quase dois terços da produção mundial.

COMÉRCIO MUNDIAL

Em 2011, o comércio mundial deve subir 8%, alcançando um volume recorde de 34Mt, contra 31,5Mt em 2010. Em 2012, os fluxos comerciais podem declinar 1,5% a 33,5Mt em função de uma menor demanda de importação em certos países asiáticos. As disponibilidades exportáveis dos principais exportadores seguem sendo amplamente suficientes para atender a demanda mundial.

Os estoques mundiais de arroz para o final de 2011 foram revisados novamente para cima e podem aumentar 4,3% para 138,4Mt, contra 132,7Mt em 2010. Estas reservas representam quase 30% das necessidades mundiais. Em 2012, as projeções dos estoques mundiais indicam um novo incremento significativo de 7,7% para 149Mt.

MERCADO DE EXPORTAÇÃO

Na Tailândia, os preços se mantiveram relativamente estáveis em setembro, com um ligeiro aumento no final do mês. As graves inundações não têm afetado muito os preços de exportação, ainda que relatórios indiquem uma perda de 3Mt de arroz. O governo e exportadores privados dispõem de cerca de 5Mt em estoque. Por outro lado, a reativação das exportações indianas com preços extremamente competitivos pode dificultar a implementação da nova política tailandesa relativa aos preços internos. Em outubro, o Tai 100%B ficou estável a US$ 613/t Fob. Já o Tai Parbolizado caiu 2% para $ 597/t contra $ 610/t em setembro. O quebrado A1 Super também caiu para $ 486/t contra $ 493/t em setembro.


No Vietnã, os preços de exportação se consolidaram novamente. Os compradores mostram interesse por esta origem já que alguns antecipam possíveis altas no mercado tailandês. Ainda assim, a atividade comercial se encontra relativamente fraca em virtude do interesse por outras origens também, como a Índia, Camboja e Mianmar. Em outubro, o Viet 5% marcou $ 566/t contra $ 553/t em setembro. O Viet 25% também subiu para $ 515/t contra $ 501 anteriormente. No início de novembro, os preços se mantinham estáveis.

No Paquistão, os preços registraram nova queda de 6%. Com o retorno da Índia ao mercado mundial, os exportadores paquistaneses devem se alinhar aos preços indianos para manter a competitividade, especialmente nos mercados do Sudeste asiático. O Pak 25% foi cotado a $ 420/t contra $ 446/t em setembro.

Na India, os preços continuam baixando e são atualmente os mais baixos do mercado de exportação. A Índia parece querer se desfazer de uma parte de seus estoques a preços baixos. Os principais importadores se mostram altamente interessados pelos arrozes indianos. A Indonésia continua negociando com a Índia um contrato de 250 a 500.000 t. O arroz indiano 5% marcou $ 463/t em outubro contra $ 469/t em setembro. O indiano 25% foi cotado a $ 412/t contra $ 434 anteriormente.

Nos Estados Unidos, os preços de exportação começaram a cair pela primeira vez desde o inicio de agosto. Estes são ainda superiores aos preços tailandeses, mas o diferencial tende a reduzir, o que poderia reativar o mercado de exportação, por ora pouco movimentado. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros subiram 4% durante o mês de outubro, estimulados pela demanda interna. Em outubro, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 foi de $ 625/t contra $ 645 em setembro.

No Mercosul, os preços de exportação aumentaram ligeiramente, mas com uma alta volatilidade semanal. O plantio já começou. As perspectivas de colheita para a temporada 2011/2012 indicam uma possível redução das áreas semeadas. No Brasil, o preço de referência do arroz em casca aumentou devido a uma oferta relativamente escassa. Na África, a produção arrozeira pode não avançar muito durante esta temporada em função das chuvas irregulares, sobretudo nos países da África Ocidental. Colheitas insuficientes e preços de importação mais altos devem agravar a situação alimentar nesta região do continente, especialmente nos países do Sahel.

Quadro de Oferta Mundial

(Em Milhões de toneladas)


Produção
beneficiado Exportações Estoques
2010 2011 2010 2011p 2011

Mundo 467,0 482,4 31,5 34,0 138,4
China 134,0 137,0 0,7 0,8 75,2
Índia 91,1 99,5 2,0 2,5 9,1
Indonésia 43,2 44,3 - - 5,4
Vietnã 26,0 26,7 6,9 7,5 2,8
Tailândia 21,9 21,3 9,1 9,9 5,2

Brasil 8,6 8,0 0,4 0,8 2,0
EUA 7,6 6,8 3,9 3,4 1,7
Paquistão 6,8 4,7 3,6 2,7 0,4

Fontes: FAO & USDA, Outubro 2011

Créditos: http://www.planetaarroz.com.br/site/noticias_detalhe.php?idNoticia=10267

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O grão que balizou a humanidade

Aprendemos desde cedo na escola que do surgimento da agricultura à invenção da escrita pelos sumérios, passando pelas primeiras formas de divisão do trabalho, o trigo está presente há cerca de 10 mil anos na história da humanidade. Quando o homem começou a plantar e a criar animais, lá estava ele entre os cereais cultivados para alimentar as pessoas.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo, o Brasil consome cerca de 10 milhões de toneladas de trigo moído. Destas, apenas 5 milhões é o que se produz no país. O restante vem principalmente da Argentina, que tem uma produção anual de cerca de 14 milhões de toneladas. Visto que o país vizinho, e outros grandes produtores como Índia (80 mi) e Paquistão (23,9 mi), tem uma área menor que o Brasil, perguntamos: por que, afinal, produzimos tão pouco trigo?

Para responder esta pergunta e também para comemorar o Dia Nacional do Trigo, que começou as ser cultivado na antiga Mesopotâmia, o Portal Agrolink fez uma matéria especial sobre a situação da cultura no Brasil.

O trigo, diferente dos tradicionais soja e milho, não é apenas um produto. Existem várias classes: o que serve para fazer pão, mas que não serve para fazer biscoito, e vice versa. Segundo o consultor da Abitrigo, Rae Pécala Reino, temos problemas de adequação entre a produção e a demanda para cada tipo de trigo. “Por exemplo, o RS predominantemente produz trigo para biscoito mais do que toda indústria brasileira de biscoito precisa. Ou seja, sobra. Em compensação, o trigo bom para panificação, cultivado no PR, não é produzido em quantidade suficiente”, explica.

Enquanto a panificação demanda praticamente metade do consumo do país (44% em panificação artesanal, 11% na panificação industrial, 16% em massas, 10% em biscoitos e 19% em uso doméstico e outros), a classe apropriada para biscoito, que tem grande produção, acaba tendo como caminho mais curto a exportação.

Isso acontece pois as condições de clima e solo no Brasil não são as mais favoráveis. O trigo se desenvolveu primeiramente na antiga Mesopotâmia, na região chamada de Crescente Fértil, área que hoje vai do Egito ao Iraque. Naqueles tempos havia solos férteis, chuva na época da germinação e crescimento, enquanto que na maturação e colheita era seco e quente. “O trigo gostaria de encontrar essas condições. Nós não temos isso”, comenta Reino. Na região onde se planta o cereal no Brasil, chove na época da colheita, o que pode desenvolver séries de doenças fúngicas.

Outro motivo é o tipo do grão. Quanto mais proteína o produtor quiser que tenha o grão, mais adequadas devem ser as condições climáticas. De acordo com o consultor, tem sido uma grande batalha da pesquisa de conseguir variedades que aturem as condições desfavoráveis. A força do glúten, que é o que se procura na panificação, tem crescido, mas ainda não se tem aquilo que na padaria é exigido. “É como se a gente estivesse enfrentando a natureza. Tudo o que temos é uma mágica produzida por pesquisadores”, completa.

Além das pesquisas para adequação das sementes, há uma grande melhoria também na produtividade. Nos anos 70, a produção por hectare era de menos de uma tonelada por ano. Hoje, a produtividade média é de três toneladas por hectares. Reino ainda acrescenta que o setor precisa acompanhar as demandas diferenciadas do consumidor. “Hoje se fala em orgânicos, em mico toxinas e outros. Quando se consegue atender uma exigência do consumidor, aparece outra”, comenta.

Trigo no Cerrado

Um dos pontos levantados pelo setor triticultor é o cultivo do cereal no Cerrado. Para Reino, há um problema a ser enfrentado. Os subsídios da agricultura são de tal ordem que os países emergentes enfrentam uma concorrência muito difícil. “Enquanto, por exemplo, os EUA e Canadá têm grandes planícies de produção de grãos, eles têm uma safra por ano. Nós temos duas, uma de grãos de verão e outra de cereais de inverno. Mesmo tendo duas safras, as vezes é difícil competir”, reflete.

Se o subsídio que vem sendo reduzido no mundo fosse extinguido, o Brasil ficaria cada vez mais competitivo. Isso influencia muito no caso do trigo no Cerrado, pois ele tem o regime de chuva muito regular: chuva de outubro a março e seca de março a outubro. “Então, para o trigo, que é para plantar na parte mais fria do ano, precisa de irrigação. Temos muitas fazendas irrigadas, mas elas já se voltaram a produtos que tem maior valor agregado, como feijão, cebola ou batata. Fica difícil colocar o trigo ali”, explica.

Entretanto, ele lembra que o cereal vem ganhando espaço aos poucos nesta região. Através de rotação de culturas, o trigo está se inserindo aos poucos.

Mas não é só de pesquisa que este cereal milenar precisa. Incentivos e investimentos adequados são necessários no setor. “Acho uma injustiça quando o agronegócio no Brasil é demonizado, parece culpado de tudo. Com todas as crises no mundo, nós estamos bem por acusa do agronegócio. E ele precisa de condições pra trabalhar. Mais estradas de ferro, ferrovias e hidrovias são necessárias para o desenvolvimento”, conclui.

Para comemorar o Dia Nacional do Trigo (10 de novembro), o consultor da Abitrigo, Rae Pécala Reino diz que é preciso ter orgulho de pertencer à família do trigo. “Precisa ter respeito por um grão que balizou a história da humanidade. Foi com o trigo que se fizeram as primeiras cidades, que se inventou a língua escrita e as civilizações que integraram a humanidade. O trigo é um alimento mais completo tanto em carboidratos como em proteínas se comparado a outros grãos. Digo a todos do setor que orgulho a pertencer a esta família e que todos tenham respeito por um grão que conduziu a humanidade”.

O Portal Agrolink parabeniza todos os envolvidos direta ou indiretamente na cadeia produtiva do trigo!
* Colaboração Lucas Amaral

Agrolink
Autor: Joana Cavinatto

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Governo faz escoamento de 300 mil t de trigo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, realiza na próxima semana três leilões para escoamento de trigo. As operações serão na quarta-feira (9) e pretendem garantir o preço mínimo pago ao produtor do grão.

O primeiro leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), que segue aviso 460, vai disponibilizar 35 mil toneladas(t) de trigo em grãos provenientes dos três estados da região Sul. O participante deverá, obrigatoriamente, comprovar a venda do produto para uma indústria moageira sediada na Unidade da Federação de plantio do trigo ou a venda e o escoamento do grão para qualquer consumidor final sediado fora da Unidade da Federação de plantio.

O leilão de Prêmio para Escoamento (PEP), detalhado no aviso 461, vai comercializar 165 mil t do grão. A maior parte foi plantada no estado do Paraná (100 mil t) e o restante é proveniente do Rio Grande do Sul (50 mil t) e de Santa Catarina (15 mil t). Os participantes poderão ser indústrias moageiras de trigo e comerciantes de cereais, sediados ou não na Unidade da Federação de plantio. O participante deve comprovar a venda do trigo em grãos para qualquer consumidor final sediado fora da Unidade da Federação de plantio.

O terceiro leilão, que segue aviso 462, será de PEP para escoamento de 100 mil t do grão. Poderão participar do leilão as indústrias moageiras de trigo ou comerciantes de cereais. O escoamento dos grãos poderá ser para qualquer localidade, exceto para os estados que compõem as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O governo já previu mais oito rodadas de leilões para escoamento de trigo. As datas previstas serão 23 de novembro, 07 e 21 de dezembro; e, em 2012, 04 e 18 de janeiro e 01, 05 e 29 de fevereiro.

Saiba Mais

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) – O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.

Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento.

Foto: Arquivo Grupo Cultivar


Fonte: Mapa
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Programa Arroz na Bolsa será lançado em Cachoeira do Sul/RS

O diretor Comercial e Industrial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, e o chefe de gabinete, Marcelo Lima, se reuniram nesta quinta-feira (03), na sede da autarquia, em Porto Alegre, com representantes da Banrisul Corretora de Valores, Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) e Banrisul, para definir a forma de divulgar o lançamento oficial do Programa Arroz na Bolsa e a data para a realização do leilão prevista para o mês de novembro.

De acordo com o chefe de gabinete do Irga, o lançamento oficial do Programa será na próxima quinta-feira (10), às 20 horas, no CTG Bonifácio Gomes, em Cachoeira do Sul. “Está se estabelecendo uma agenda entre a direção do Irga, Banco Banrisul e da Corretora de Valores para os encaminhamentos da solenidade de lançamento oficial”, afirmou.

O Arroz na Bolsa é um Programa do Governo Estadual que visa proporcionar a comercialização da safra dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul com o mercado comprador através do pregão eletrônico da Bolsa Brasileira de Mercadorias - BBM.

Participaram o superintendente Regional da BBM, Wilson Riva, os Gerentes Executivos da Banrisul Corretora de Valores, Pércio da Silveira e Roberto Salgado, Giovani Rocha, da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, e assessores do Irga, Carlos Lima e João Félix.


Fonte: Assessoria de Comunicação e Marke
Instituto Rio Grandense do Arroz
(51) 3288-0423
contato@irga.rs.gov.br