sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bons profissionais tiram férias



Trabalhar é um dos prazeres da vida, e nunca deveria ser diferente. Com esta ideia na cabeça, já vivi épocas em que simplesmente desprezava a ideia de tirar férias, assim, formalmente. Se estou sempre me divertindo e sempre produzindo com prazer, parar para que?

Acontece que a vida ensina. Primeiro, é fato que pessoas que se vangloriam de nunca tirar férias se tornam abrutalhadas, entram numa busca desesperada de valor pessoal por meio do trabalho, sucesso, crescimento financeiro... Provas externas de valor próprio. O trabalho e o amor realmente são as duas experiências humanas que conferem sentido à vida, mas a boa medida pede por férias sim, senhor!

Segundo a Universidade de Essex, na Inglaterra, empresas onde as pessoas não tiram um mínimo de vinte dias seguidos de férias, uma vez ao ano, aumentam o absenteísmo e as somatizações físicas, o estresse e a queda de produtividade. Aprendi que levamos dez dias para "desligar" de fato da rotina, e então, usufruir de um descanso. Decretei como obrigatório na minha empresa, a Quantum, que todos gozem trinta dias de férias por ano, sendo dez entre Natal e Ano Novo e outros vinte dias na época escolhida.

Confira abaixo algumas recomendações para usufruir de uma verdadeira recarga de férias

  • 1Tire férias quando estiver bem. Descansar porque está estressado ou com conflitos sérios é um erro. Nas férias, você vai passar mais tempo consigo mesmo. Escolha um momento em que aumentar sua própria companhia não seja um tormento e que você possa arejar e se redescobrir um pouco. É uma ótima época para se entregar ao que lhe deixa apaixonado!
  • 2Mude a rotina, o lugar, a programação. Se puder viajar e gostar de ir à praia ou ao campo, tudo bem. Mas não se obrigue a um tipo padrão de "divertimento oficial". O importante é realmente se desligar do trabalho e ter prazer e lazer. Permitir-se algo de que realmente goste.
  • 3Evite usar as férias para marcar aquela cirurgia ou fazer cursos, embora isso seja necessário às vezes. Trocar uma obrigação pela outra compromete a recarga de energias.
  • 4O contraponto é o fator-chave para não abrir mão de dar uma paradinha: dia e noite, som e silêncio, trabalho e... Descanso!
  • 5Evite idealizar o divertimento. Certa vez, um grande amigo do Sul veio a São Paulo com os filhos. Por trabalhar muito, sempre quis compensar as coisas neste passeio programando - e fazendo! - muitas atividades. Foi ao parque, shopping, teatro, museu... ufa!

No final, o estresse entre eles era quase um convite, e o fazer, fazer, fazer, uma nova obrigação. Na simplicidade, nos conectamos. Permanecer em contato com si mesmo, numa relação de presença de espírito, é muito importante. Ao visitar lugares, tire fotos, mas só o suficiente. Relaxe e viva o momento. Esta é uma atitude meditativa, mas não "zen", que pode se expressar em forma de entusiasmo ao dançar o baião no Nordeste, ao relaxar quando deitar ao sol, ou ao saborear a comida e a companhia. As melhores férias da minha vida não foram as idealizadas, e sim as vividas.

As pessoas que se permitem férias com entrega, sem culpas, com alegria, parecem mais balanceadas e cheias de energia. Quando mudamos a rotina, vamos a lugares diferentes, conhecemos e conversamos com gente nova, nos tornamos mais autênticos. Sem repetir padrões prontos, como vemos tanto, nas férias, tomamos contato com nossa energia vital e nossa própria face original!


Fonte: http://www.personare.com.br/revista/carreira-e-financas/materia/1611/bons-profissionais-tiram-ferias

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pouco tempo ou muito trabalho?

Seja o subordinado, seja o chefe, o colega ou você mesmo, ficar todos os dias, por horas e mais horas no serviço é sinal de que, sim, há algo errado aí

Todo mundo já ficou “preso” no escritório até altas horas. É normal vez ou outra precisar atender a um chamado urgente da empresa ou uma tarefa inesperada. Mas, e se essa situação vira recorrente e o profissional começa a ficar todos os dias até tarde no escritório? Se isso está acontecendo com frequência, há um bom motivo para começar a se preocupar.

Seja o subordinado, seja o chefe, o colega ou você mesmo, ficar todos os dias, por horas e mais horas no serviço é sinal de que, sim, há algo errado aí. A principal suspeita que levanto, e que ocorre com a maioria das pessoas que se encontram nesse caso, é falta de organização do tempo. Mas há várias atitudes simples que certamente evitam momentos de ócio e tarefas desnecessárias e contribuem para que o dia seja mais produtivo.

Antes de qualquer coisa, é bom lembrar que tudo, sobretudo no trabalho, requer planejamento e disciplina. Um dos principais motivos que fazem os profissionais virarem noites sozinhos no escritório é o acúmulo de tarefas. Sempre tem aquele que simplesmente não sabe dizer “não” para um pedido – mesmo que a tarefa não tenha a menor ligação com a função da pessoa.

Quando isso acontecer, pense nas seguintes questões: é apenas um favor? Dá para recusar? Se você fizer, vai atrapalhar o andamento de suas outras funções? Se você achar que “sim”, esta tarefa atrapalhará o resto do seu planejamento de tarefas, é melhor utilizar sua polidez e recusar com elegância a proposta. Há inúmeras formas de negar um pedido, não há porque ser grosso ou seco.

Segundo ponto: priorização de atividades. Eu sempre separei-as em três “classes”. Há as urgentes, que devem ser feitas o quanto antes e não podem esperar; as importantes, que devem ser feitas naquele dia, e também não podem esperar; e as demais, que também são importantes, mas não há problema em serem executadas no dia seguinte.

Outro grande devorador de tempo são as reuniões. Alguns profissionais não entendem que elas devem ser objetivas, ter tempo para começar e terminar, devem ter os assuntos a serem tratados já predeterminados e devem tratar de temas importantes. Os assuntos periféricos, e por isso têm esse nome, podem ser tratados com mais calma.

Por fim, o trabalho toma grande parte de nosso dia, e nada mais justo do que no tempo de sobra fazermos tarefas que nos deem prazer. Pode ser aulas de dança, luta, academia, estudos, encontros com amigos, vale qualquer atividade. Só o fato de haver outros compromissos após o expediente já o obrigarão a se programar para que não os falte, mesmo porque na maioria das vezes são coisas que você investe dinheiro e porque lhe dão prazer - são dois ótimos motivos para não faltar. Além de tudo, atividades assim ajudam a equilibrar a vida pessoal e profissional, aliviar a tensão do trabalho e fazem um bem danado à saúde.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/2198-pouco-tempo-ou-muito-trabalho

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Nova classificação comercial do trigo é tema central da Reunião

A partir de julho de 2012, começa a vigorar a nova classificação comercial do trigo brasileiro. Para se adequar à regulamentação, as empresas obtentoras, responsáveis pelo desenvolvimento genético do trigo, precisam reclassificar todas as cultivares que estão no mercado em parâmetros que definem os trigos em melhorador, pão, doméstico, básico ou outros usos. A maioria dos trabalhos científicos inscritos na V Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (V RCBPTT) apresentarão avaliações de qualidade tecnológica das cultivares. O evento acontece de 25 a 28 de julho, na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados/MS.

O consumo anual de trigo no Brasil é de 10 milhões de toneladas, dos quais 60% têm como destino a indústria de panificação, o que exige trigo da classe pão, com força de glúten (W) superior a 220, requisito mínimo para a fabricação do pãozinho francês, com casquinha crocante e bom volume. Este é o principal motivo que levou a mudança na classificação técnica do trigo, onde o valor mínimo da força de glúten para o enquadramento como trigo pão passa de 180 para 220. A indicação do trigo brando deixa de existir com a inclusão do trigo de uso doméstico (W=160), básico (W=100) e outros usos para qualquer valor abaixo de 100.

De acordo com o Chefe-Geral da Embrapa Trigo, Sergio Dotto, a primeira ação dos obtentores é a reclassificação de todas as cultivares a partir de parâmetros definidos pelas instituições de pesquisa ainda no mês de maio. Na Embrapa Trigo a nova reclassificação prevê que num volume de amostras, 60% precisam apresentar força de glúten acima de 220 para classificar como trigo pão. “É uma maior segurança para o produtor, já que o valor varia muito em função das condições climáticas de cada região e de cada nova safra”, afirma Sergio Dotto.

A característica genética da cultivar de trigo determina sua aptidão tecnológica para indicação de uso final, seja doméstico ou industrial. “Para assegurar maior liquidez ao trigo, a tendência do produtor é optar somente por cultivares tipo pão. Hoje são mais de 100 cultivares de trigo disponíveis no mercado, oferta que certamente será menor para atender a demanda por qualidade”, afirma Sergio Dotto.

O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste e presidente da comissão organizadora do V RCBPTT, Claudio Lazzarotto, explica que a qualidade de panificação e a estabilidade das cultivares de trigo recomendadas têm sido alguns dos gargalos para a comercialização do trigo produzido no Brasil, principalmente em Mato Grosso do Sul. “Os novos parâmetros referenciais de qualidade darão ao produtor rural maiores garantias de produção de trigo de boa qualidade, preço e liquidez. Para a indústria moageira, a nova classificação técnica para o trigo brasileiro dará a tranquilidade de compra de grãos que atendam suas necessidades”, disse ele. Lazzarotto enfatizou, ainda, que a qualidade do trigo deverá ser um dos pontos fortes de debates durante a reunião da próxima semana, como resposta da pesquisa às necessidades da sociedade.

Trabalhos científicos - A V Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (V RCBPTT) encerrou o prazo de submissão de trabalhos na terça-feira, 19 de julho, com 90 artigos registrados nas áreas: solos e nutrição vegetal; transferência de tecnologia e socieconomia; fitopatologia; entomologia; ecologia, fisiologia e práticas culturais; além de melhoramento, aptidão industrial e sementes. A V RCBPTT é realizada pela Embrapa Trigo e Embrapa Agropecuária Oeste e conta com apoio da BASF, Syngenta e Grupo Dallas.

As inscrições de profissionais da pesquisa, extensão rural e assistência técnica, entre outros segmentos das cadeias produtivas de trigo e triticale podem ser efetuadas até o início das atividades no dia 25/07. Nesta semana, as inscrições antecipadas chegaram a 145 registros. Para profissionais, a taxa de inscrição até o dia 24 de julho é de R$ 70,00, na data do evento será de R$ 80,00. Para estudantes, o valor prévio do investimento consiste em R$ 40,00, sendo que no dia do evento o custo será de R$ 50,00. Mais informações no site http://www.cpao.embrapa.br/reuniao_trigo_2011.


Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/noticias/?q=21203#21203

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Governo autoriza mais leilões de arroz da região Sul

Medida visa a aumentar o preço atual praticado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Grão adquirido deverá ser destinado à produção de ração animal


O governo federal autorizou a realização de mais leilões para apoiar os produtores de arroz da região Sul. Cerca de 500 mil toneladas do grão produzido no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina serão comercializadas por meio de operações de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). A ação vai possibilitar a venda de arroz tipo 2 e 3 destinado à produção de ração. A medida ainda será oficializada por meio de Portaria Interministerial (Agricultura e Fazenda), a ser publicada no Diário Oficial da União. De acordo com o secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, as operações devem começar em 30 dias.

“No contexto de esforços para sustentar os preços recebidos pelos produtores de arroz, os governos federal e do Rio Grande do Sul concluíram que há viabilidade técnica e econômico-financeira para a realização de leilões de prêmios na comercialização de arroz destinado à ração animal”, avalia o secretário.

A medida também vai favorecer suinocultores e avicultores que vêm enfrentando problemas com o aumento do custo de produção por causa das altas nos preços do milho. A substituição do milho pelo arroz na ração vai reduzir esse custo de produção.

Nas operações de Pepro, o governo concederá uma subvenção ao produtor que comprovar a venda do arroz para criadores de aves e suínos que produzam ração. O leilão de 500 mil toneladas faz parte do conjunto de medidas anunciadas no início do mês passado pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda.

Hoje o preço praticado no estado do Rio Grande do Sul está em torno de R$ 22, valor inferior aos R$ 25,80 estabelecidos pela Política de Garantia do Preço Mínimo (PGPM). “O preço de mercado do grão, porém, já vem reagindo nas últimas semanas em decorrência das medidas adotadas pelo governo”, afirma o secretário José Carlos Vaz.

Apoio

Desde o início do ano, já foram realizadas diversas ações para aumentar a cotação do grão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em fevereiro, o ministro Wagner Rossi anunciou a realização de leilões, além da aquisição direta do grão (AGF). Em março, foram anunciados leilões de contratos de opções pública e privada. Todas as medidas destinadas à rizicultura somam investimentos de R$ 1,1 bilhão e incentivos à comercialização de 3,65 milhões de toneladas de arroz da safra 2010/11.

Saiba Mais

Contrato privado de opção de venda (opção privada) - O governo concede prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda, a preço pré-determinado, para produtores ou suas cooperativas.

Contrato de opção de venda (opções públicas) - O governo leiloa o direito de o produtor rural (ou sua cooperativa) vender o produto para estoques públicos a preço prefixado.

Aquisição do Governo Federal (AGF) - Operação que consiste na compra direta do produto pelo governo. O produto deve estar incluído na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) – O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.

Preço Mínimo - É o valor fixado pelo governo federal para produtos agrícolas. A finalidade da política é garantir que o agricultor receba um preço mínimo para cobrir os custos da safra. Quando o preço de mercado está abaixo do mínimo, o governo realiza leilões, como os de Prêmio de Escoamento de Produto e Aquisição do Governo Federal para permitir que esses valores cheguem, pelo menos, ao patamar estipulado na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Atualmente, 34 produtos estão incluídos na política governamental, entre eles arroz, feijão, milho, trigo, algodão, uva, sisal, soja, borracha e leite.


Fonte: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/noticias/2011/07/governo-autoriza-mais-leiloes-de-arroz-da-regiao-sul

Precariedade da logística desafia aumento da produção agrícola brasileira

Abiove recebe com satisfação resoluções da ANTT sobre transporte ferroviário publicadas nesta quarta-feira no diário oficial

O complexo soja, cuja produção se dá em grande parte no interior do Brasil, é um dos produtos do agronegócio que mais se ressentem da precariedade da logística nacional. O Brasil está entre os três principais exportadores agrícolas do mundo e tem “uma oportunidade enorme de responder rapidamente à demanda maior de alimentos sem precisar desmatar, apenas utilizando terras disponíveis sem cobertura florestal e pastagens degradadas", diz Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE. Ele alerta, porém, que “se não tomarmos providências de imediato para melhorar a logística (transporte, instalações portuárias e de armazenagem no interior do País), vamos jogar a oportunidade fora. Este é o grande desafio do agronegócio”.

Em 2020, o Brasil precisará produzir 95 milhões de toneladas de soja, em relação às atuais 73 milhões t. O problema é que 70% dessa produção são escoados por meio do modal rodoviário, o mais caro, enquanto 25% são transportados por ferrovias e apenas 5% por via fluvial, a mais barata. Concorrentes do Brasil no complexo soja, como os EUA, utilizam preferencialmente os modais fluvial e o ferroviário.

A ABIOVE recebe com satisfação, nesta quarta-feira, a agenda regulatória da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT para 2011-2012, que tem como itens prioritários no capítulo de transporte ferroviário de cargas pactuação e repactuação de metas por trecho; regulamento de defesa dos direitos dos usuários de transporte ferroviário de cargas; e operações de direito de passagem e tráfego mútuo. O aperfeiçoamento do marco regulatório ferroviário nestes quesitos está sendo concluído com a publicação de três resoluções resultantes de um processo de consulta e audiência pública.

Duas resoluções são interligadas – tráfico mútuo ou direito de passagem e estabelecimento de metas por trecho. “A ANTT vai exigir que a concessionária para cada trecho informe antecipadamente quanto pretende operar com carga própria dela. Se aquele trecho estiver ocioso, a concessionária terá de oferecê-lo para os concorrentes operarem também. Para isso, será necessário um centro de controle operacional” para coordenar o fluxo de transporte, explica Carlo Lovatelli.

A ANTT atende, com a sua nova agenda regulatória, o que os usuários sempre quiseram: fortalecer a sua posição de contratante de frete, para que tenham condições melhores de negociação com concessionárias ou transportadoras ferroviárias. O objetivo é evitar abuso de poder econômico.

De acordo com o presidente da ABIOVE, “hoje as ferrovias têm tido alguns procedimentos que não deveriam. Mas, como exercem o monopólio do transporte de determinado trecho, e como o usuário depende desse transporte, acabam exagerando na hora de reajustar as tarifas. As concessionárias têm feito reajustes de tarifas 2 a 3 vezes superiores à inflação ou à variação de custos do período". Além disso, têm praticado “overbooking” – “contratam volumes e não operam, deixando os exportadores na mão e sujeitando-os ao pagamento de multas pesadas por atraso no embarque", acrescenta Lovatelli. Segundo ele, o novo código de defesa do usuário “vai equilibrar as forças e proteger os exportadores, pois as concessionárias sofrerão penalidades claras caso abusem do poder econômico”.

“O modelo de concessões feito para o Brasil precisa ser aprimorado porque não está explorando a eficiência nem a competição entre as empresas. O leito ferroviário pertence à União. Se o concessionário fizer investimento, ele não terá retorno, porque devolverá a concessão à União no futuro e não será ressarcido. Além disso, o modelo de concessão não estimula o usuário a investir, e a falta de investimento é um problema”, analisa Carlo Lovatelli. Editorial do jornal O Estado de S. Paulo de 17 de julho, enfoca o problema da precariedade logística: “Por falta de ferrovias e hidrovias, a soja de Mato Grosso é transportada até os portos por rodovias. É um meio de transporte mais caro e, sobretudo, mais arriscado, por causa das péssimas condições das estradas. Não causa estranheza, por isso, que o frete da soja de exportação no Brasil seja quatro vezes maior do que nos EUA, onde se utilizam intensamente as hidrovias. Tendo transportado sua safra até o porto, o produtor ainda arca com ônus adicionais decorrentes da baixa qualidade dos serviços portuários, que impõe perdas no volume exportado e custos em razão da demora do carregamento do produto nos navios. Como, apesar de todos esses obstáculos, crescem as exportações do agronegócio, e a velocidades cada vez maiores, fica claro que sua competitividade é assegurada antes de a produção deixar seu local de origem. Ou seja, o produtor é o grande responsável por isso. As perdas começam quando o esforço exportador passa a depender do governo, ao qual competiria assegurar a infraestrutura e as condições adequadas, mas não o faz”.

Competitivo, o agronegócio brasileiro continua garantindo superávits comerciais. Nos seis primeiros meses de 2011, gerou um superávit de US$ 34,7 bilhões, 20,5% maior do que no primeiro semestre de 2010. O setor é o principal responsável pela geração do superávit comercial do País, pois o saldo acumulado dos demais produtos - minérios, petróleo e seus derivados, outras commodities não agrícolas e produtos semimanufaturados e manufaturados não derivados de produtos agropecuários - foi negativo em US$ 21,7 bilhões. Relatório do Ministério da Agricultura mostra que o bom resultado se deve ao aumento das exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo), carnes, complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool), que responderam por 82,4% do total de US$ 43,1 bilhões de produtos agropecuários exportados no primeiro semestre.

As informações são da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE.

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/ClippingDetalhe.aspx?CodNoticia=158734

Irga participa do 20º Encontro do Arroz em Barra do Ribeiro/RS

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) participa da vigésima edição do Encontro do Arroz, que acontece nos dias 20 e 21 de julho de 2011, a partir das 9h, no CTG Pealo da Tradição, em Barra do Ribeiro. Com o tema “Da lavoura à mesa”, o evento tem como objetivo a difusão de tecnologias, a troca de experiências e o incentivo ao consumo do arroz. O presidente da autarquia, Claudio Pereira, abre o encontro com uma palestra sobre o cenário do arroz, onde apontará as principais medidas tomadas pelo Governo Estadual e Governo Federal para amenizar a crise em que passa o setor.

Segundo o coordenador da regional do Irga de Guaíba, Carlos Nassif, a expectativa é que 300 produtores da região compareçam ao local. “Trata-se de um dos eventos mais antigos do Estado na área da orizicultura e há vinte anos o Irga contribui com a organização”, destacou.

A programação traz palestras com profissionais qualificados na área do agronegócio. O engenheiro agrônomo Carlos Nassif apresentará os resultados da safra 2010/11 do município e da região da Planície Costeira Interna. Em parceria com o Senar, serão realizadas, durante os dois dias do encontro, oficinas técnicas e práticas de regulagem e manutenção de colheitadeiras e regulagem de pulverizadores motorizados, ministradas pelo instrutor do Senar, Paulo Cesar da Rosa.

Em seguida, às 11 horas, o pesquisador da Estação Experimental de Cachoeirinha, Anderson Vedelago, falará sobre a Rotação de Culturas – Soja em Várzea. No período da tarde, o consultor técnico do Irga, Claudio Mundstock, abordará questões sobre as Boas Práticas Agrícolas e o Código Florestal.

Também haverá concurso de culinária com pratos à base de arroz. Além disso, acontecerá a reunião da 8º Regional da Farsul, às 17 horas, na Unidade Móvel do Senar. Os participantes poderão conferir exposições de produtos e equipamentos de empresas ligadas ao setor.

Na quinta-feira (22), terá Rodada de Negócios da Casa Rural, às 10h30, na unidade móvel do Senar. Outros temas como gestão ambiental para propriedades rurais, clima e mercado também estarão em pauta. As empresas estarão com amostra de painéis sobre tecnologias para arroz irrigado e estandes para visitação. Participam produtores, técnicos, pesquisadores, merendeiras, e demais interessados na cultura.


Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/noticias/?q=21145#21145

Comercialização do arroz poderá ser operada em bolsa de valores

O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, se reuniu nessa quarta-feira (20), na sede da autarquia, em Porto Alegre, com representantes do Banrisul Corretora de Valores e Emater para discutir a possibilidade de medidas de comercialização do arroz por meio de bolsa de mercadorias.

Segundo Pereira, o objetivo é criar mecanismos que venham proteger a relação entre o produtor e o comprador. “Além da possibilidade e a necessidade, a posição política do governo Estadual é favorável”, afirmou.

Será criado um grupo de trabalho com representantes do Irga, Banrisul e Emater, para formatar um programa, em reunião que deverá acontecer nos próximos dias, com integrantes da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). O trabalho deverá ser apresentado na próxima reunião da Câmara Setorial do Arroz, ainda sem data prevista. A operacionalização do programa de comercialização do arroz na bolsa de valores deverá acontecer nos próximos meses.

Participaram o Diretor-Presidente do Banrisul Corretora de Valores, Daniel Maia, o diretor comercial do Irga, Rubens Silveira, o Diretor de Operações, Robson Schüler, o gerente da Classificação e Certificação da Emater, Carlos Augusto Weydmann, e assessores do Irga e Banrisul.


Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/noticias/?q=21151#21151

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Conab faz leilão de milho nesta quinta-feira e trigo na quarta

Na próxima quinta-feira (21), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realiza um leilão de venda direta de 47 mil toneladas de milho dos estoques público. Serão 46,781 mil toneladas do grão armazenado no Mato Gross e somente 302 toneladas de Goiás. O objetivo da operação é tentar aumentar a oferta do grão no momento em que o mercado registra pouco interesse de venda do setor privado. Poderão participar do leilão avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.

Trigo - Já na quarta-feira, dia 20 de julho, a Conab leiloa 116,717 mil toneladas de trigo dos estoques públicos. O objetivo também é atender os compradores que se queixam de oferta restrita neste período de entressafra. O leilão terá trigo do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=44824

Pepro de arroz para ração em 30 dias




O primeiro leilão de Pepro de arroz para ração animal deve ocorrer em 30 dias e ofertar prêmio para 100 mil toneladas. No total, o mecanismo vai disponibilizar até 500 mil toneladas de grãos do tipo 2 e 3 para indústrias suinícolas e avícolas. O martelo foi batido ontem durante reunião em Brasília entre os secretários da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, e o presidente do Irga, Claudio Pereira. O prêmio pago diretamente ao produtor será, no mínimo, a diferença entre o valor de mercado e o preço-mínimo da saca (R$ 25,80).

A medida cria uma nova alternativa de comercialização ao arroz e dá mais autonomia de ração animal ao RS. O escoamento de excedentes é referendado pelo presidente da Federarroz, Renato Rocha, que ainda cita como gargalo a ser resolvido a capacidade de armazenagem.


Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=293&Caderno=0&Noticia=317815

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Novos processos, velhas cabeças

Inovação em sistemas trazem mudanças e estas são ameaçadoras para as cabeças mais conservadoras e comodistas: “Para que mudar, se tudo está tão bom do jeito que está?”

Desde a antiguidade processos e sistemas fazem parte do mundo dos negócios. Foram os contadores que deram impulso à matemática e aos modelos administrativos, inventaram o zero e a lei das partidas dobradas: “Tudo que entra deve, tudo que sai tem a haver.” Mas foi a partir do início do século passado, com a aceleração da Revolução Industrial, com suas linhas de produção em massa e o varejo espalhando pontos de vendas por todos os lugares, que os processos e sistemas empresariais começaram a ser organizados em novos e sofisticados formatos. A necessidade da produção/venda em larga escala e de forma econômica trouxe o mundo acadêmico para dentro das empresas e este passou a estudar de forma sistemática o assunto; daí nascerem os consultores organizacionais. A partir de então, a cada necessidade do mundo empresarial, foi apresentada uma nova contrapartida em maneiras de se organizar trabalho e controle. O mundo dos negócios pensa rápido e se adapta com agilidade às circunstâncias.

explicacao-reuniao-350Normalmente, as novidades nascem no ambiente do exército: “A guerra é a mãe de todas as artes”, dizia Heráclito. As novidades inventadas cumprem as necessidades bélicas e depois passam com velocidade espantosa para o mundo da indústria e do comércio. As últimas grandes conquistas foram a internet e o GPS, que surgiram como instrumentos de comunicação militar. A indústria, como principal fornecedora das carências do “pessoal das armas”, sempre dará um jeito de adaptar aquilo que inventou para eles ao mundo civil. A busca pela riqueza é o primeiro impulso da criatividade humana.

Dezenas de processos nasceram assim, desde os testes psicotécnicos para saber o potencial de um soldado candidato a um cargo de chefia ou a uma promoção, até o gráfico Pert e os Escritórios de Projetos que ajudaram a levar o homem à Lua.

Quando uma empresa percebe que precisa de novos processos e de mudança de sistemas está um pouco atrasada na sua intenção. Buscam-se novidades e aparecem os consultores com suas perspectivas e ofertas: “Isto serve para controlar as vendas, este para o estoque, aquela para administrar a logística e este, infalível, administra fluxo de caixa e a folha de pagamento.”

Existem processos e sistemas para tudo; o freguês escolhe. Isso é mais que natural e necessário. Não fossem os profissionais que os montam, não saberíamos nem como começar o planejamento de um novo processo. É a experiência em trabalhar sempre com a criação e a aplicação dos mesmos, em diversos tipos de situações e contextos, que cria a expertise dos consultores.

A empresa escolhe o modelo que acredita ser o mais adequado à sua necessidade e entra na fase da implantação. Alguns demoram meses para começar a funcionar e exigirão mudanças substanciais nos espaços físicos, layouts e na área da computação. Ao mesmo tempo que se cria um clima de entusiasmo entre os responsáveis pelas mudanças, cria-se outro de apreensão entre muitos. O medo do desconhecido é um eterno parceiro dos homens.

Os novos processos e sistemas trazem mudanças e estas são ameaçadoras para algumas cabeças, as mais conservadoras e comodistas: “Para que mudar, se tudo está tão bom do jeito que está?”, contra-argumentam alguns. O medo da perda do cargo e do poder ameaça a implantação da novidade esperada. Resistências invisíveis, estas as piores, surgem aos poucos - o boicote e a rádio-peão correm soltos. Degolas de cargos são anunciadas aos sussurros pelos corredores. Em vez de estudar a mudança proposta e tirar proveito dela, alguns brigarão contra ela de forma agressiva, tanto contra a empresa quanto contra si próprio, somatizando o mal-estar da úlcera, da pressão alta e do estresse. Alguns perdem o sono e outros a libido.

Para atenuar as resistências entre os colaboradores, algumas empresas trabalham a cabeça deles muito antes de alguma mudança ser implantada, o que não garante o sucesso. Outras implantam as modificações goela abaixo e depois tentam arrumar a tropa, e algumas desistem e colocam a culpa, ora no consultor, ora na empresa contratada para a implantação, ora no sistema, mas nunca em si próprias.

Implantar novos processos em velhas cabeças é como ensinar um truque novo para um cachorro velho. E difícil, mas tem de ser feito.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/95-comunicacao--por-eloi-zanetti/2129-novos-processos-velhas-cabecas

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um viva àqueles que veem o meio copo vazio o tempo todo

Nos negócios, o otimismo é bom e o pessimismo é ruim. O otimismo tem o monopólio do sucesso, da felicidade e até mesmo sobre a longevidade. Os pessimistas, com seus rostos longos e pensamentos obscuros, são párias, não servem para nada no entusiasmado mundo corporativo, exceto talvez para fazer carreira no jornalismo (onde notícias ruins são notícias boas). De outro modo, eles podem escolher entre a poltrona, o banheiro ou o circuito de comédia.

Mas agora o pessimismo pode estar voltando ao "mainstream". A reviravolta ocorreu recentemente, quando o guru da administração Tom Peters comentou entusiasticamente no Twitter sobre um livro que enaltece o pensamento negativo. Trata-se de algo extraordinário para um homem cujo lema é um colorido ponto de exclamação e que, por décadas, vem se mostrando otimista da forma inflexível e cansativa. O fato do inventor do "Wow!" e do "Brand Me" estar agora se interessando pela negatividade é a coisa mais emocionante que tomei conhecimento em muito tempo.

Ao contrário de Peters, eu nasci pessimista. Sempre espero que um temporal súbito venha a estragar todas as festas de verão; sempre acho que toda iniciativa acabará em fracasso; pelo menos metade dos vestidos do meu guarda-roupa é da cor cinza. Não fosse pelo fato de que nunca comemoro nada antecipadamente, para o caso de não acontecer, eu estaria pulando de alegria com a ideia de que pessoas como eu serão reabilitadas.

Fui correndo averiguar o livro recomendado por Peters, escrito por Julie Norem, uma professora de psicologia do Wellesley College. Ela passou 18 anos fazendo uma pesquisa cuidadosa apenas para chegar à conclusão lógica - ainda que um tabu -, de que é uma boa ideia pensar em tudo o que pode dar errado antes de embarcar em qualquer coisa. Infelizmente, ela limitou seu alcance a pessoas que são ansiosas. Mas me parece que ela deu de cara com uma verdade com aplicação universal.

Numa infelicidade ainda maior, os editores disfarçaram a mensagem ligeiramente subversiva com um título estupidamente otimista: "The Positive Power of Negative Thinking: Use Defensive Pessimism to Harness Anxiety & Perform at Your Peak" (algo como "O Poder Positivo do Pensamento Negativo: Use o Pessimismo Defensivo para Controlar a Ansiedade & Melhore seu Desempenho"). Mesmo assim, Roma não foi destruída em um dia, e talvez a professora Norem tenha preparado o mercado o suficiente para a negatividade para o livro que eu mesma gostaria de escrever (se Peters não chegar lá primeiro). Eu poderia intitulá-lo: "Por que as Coisas Sempre Dão Errado no Trabalho e o que Fazer Quando Isso Acontece".

O problema com os otimistas é que eles não se saem bem num mundo complicado. Nos campos de prisioneiros de guerra do Vietnã, os que morriam primeiro eram os que tinham pensamento positivo: eles realmente esperavam estar em casa no Natal e desmoronavam quando isso não acontecia. É claro que o mundo dos negócios não é exatamente como um campo de prisioneiros de guerra, uma vez que você pode sair para tomar um cafezinho e depois dormir no conforto de sua cama à noite. Mas ele pode ser cruel e impiedoso e uma coisa ruim pode acontecer após a outra. Estar sempre preparado para o pior me parece ser o único curso de ação inteligente. Woody Allen explica melhor: "Confiança é o que você tem antes de entender o problema".

Muito embora uma reabilitação dos pessimistas seja bem-vinda, não há muito sentido em forçar a barra nos livros de autoajuda. Otimistas e pessimistas nasceram desse jeito; não há mudança que possa ser feita com uma ou duas dicas de um livro. A única mudança vem com o tempo, que tende a amenizar todos os extremos. Acho que sou um pouco menos pessimista do que há 30 anos, pois descobri que, de vez em quando, podemos muito bem ignorar as coisas. Os otimistas eventualmente descobrem o inverso - e talvez uma versão drástica disso tudo é o que está acontecendo com Tom Peters (que também deu para fazer comentários infelizes sobre Madre Teresa de Calcutá no Twitter, o que não é um bom sinal).

Em todo caso, é estupidez discutir qual é a melhor visão de mundo quando ambas claramente são necessárias o tempo todo. Toda organização e toda parceria deveria ser cuidadosamente balanceada para incluir os otimistas e os pessimistas. Um casamento também precisa dos dois - minha própria experiência me ensinou que é bom ter um otimista que apareça com intermináveis planos para passeios, e um pessimista para descartar as ideias mais malucas e temperar o resto com paracetamol e guarda-chuvas.

As empresas precisam dos dois ainda mais, para obter a mistura certa de ousadia e cautela. A diversidade de otimistas e pessimistas é a mais importante que existe e deveria ser ativamente perseguida nos conselhos e em todos os níveis inferiores. Os pessimistas corporativos deveriam ser desestigmatizados e chamados para fora do armário. Acima de tudo, eles deveriam parar de fingir que veem o copo meio cheio apenas para se enquadrar. Eles deveriam se orgulhar de declarar que, para eles, o copo estava meio vazio o tempo todo.


Fonte: http://www.gruposoma.net/Um-viva-aqueles-que-veem-o-meio-copo-vazio-o-tempo-todo?utm_source=getresponse&utm_medium=email&utm_campaign=gruposoma&utm_content=Um+viva+%C3%A0queles+que+veem+o+meio+copo+vazio+o+tempo+todo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

BSBios promove diversificação de culturas no biodiesel

A cadeia do biodiesel tem uma característica predominante quando se trata de matéria-prima: o uso da soja. Alguns agentes do setor defendem o aumento da utilização de outras oleaginosas para reduzir essa dependência. Entre essas companhias está a gaúcha BSBios, que conta com unidades para fabricar o biocombustível em Passo Fundo e em Marialva, no Paraná. O diretor-superintendente da empresa, Erasmo Carlos Battistella, lembra que o grupo é pioneiro nas experiências com canola no Rio Grande do Sul. Além da diversificação, o dirigente sugere o incremento da mistura do biodiesel na fórmula do óleo diesel. A BSBios, que já contava com a parceria da Petrobras na sua unidade paranaense, neste mês repassou 50% da sua participação no complexo gaúcho para a estatal.


JC Empresas & Negócios - Qual a sua opinião quanto à diversificação da matriz de matérias-primas no setor de biodiesel?

Erasmo Carlos Battistella - A diversificação de culturas é fundamental. Existem muitas iniciativas no Brasil dando certo. Por exemplo, a canola na região Sul do País, a mamona no Nordeste, a palma no Norte e o girassol no Centro-Oeste. Essa ação é viável. O que demanda a diversificação é o mercado. Eu defendo que quanto mais os mercados de biodiesel e de consumo de proteínas vegetais crescerem, mais produziremos no campo e mais variada será a produção.

Empresas & Negócios - Qual é a vantagem da diversificação?

Battistella - Com essa postura, no caso da indústria, é possível diminuir a dependência da soja (que hoje é a principal oleaginosa usada na fabricação do biodiesel). Para os agricultores, é uma oportunidade para ampliar o número de insumos trabalhados.

Empresas & Negócios - Quais são os planos da BSBios para expandir o uso de oleaginosas?

Battistella - O nosso trabalho com a diversificação está sendo desenvolvido com a cultura da canola. Iniciamos essa atividade há cerca de quatro anos e neste ano chegamos a 25 mil hectares fomentados. Utilizamos a soja, mas somos os pioneiros no fomento da cultura da canola e quanto à diversificação na região Sul.

Empresas & Negócios - Qual a sua avaliação sobre o momento vivido pelo setor de biodiesel?

Battistella - O segmento ainda não está do tamanho adequado, até porque é um setor jovem no Brasil. Formalmente, ele iniciou em 2008, com o começo da adição do biodiesel na fórmula do óleo diesel, então a nossa expectativa é de continuar crescendo. Há dois motivos para apontar essa direção. Um é a elevação do consumo do diesel no País e outro é que esperamos que o governo federal crie políticas públicas para aumentar o percentual do biodiesel no óleo diesel, que hoje é de 5%.

Empresas & Negócios - Os empreendedores estão unidos na defesa do aumento do percentual de biodiesel na fórmula do óleo diesel?

Battistella - Essa é uma solicitação de toda a cadeia produtiva, da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), dos produtores, da indústria e da Associação Brasileira dos Produtores de Canola (AbrasCanola), da qual eu sou presidente. Fabricar biodiesel no Brasil mostrou-se uma operação eficiente e agrega muito valor às nossas matérias-primas. O governo está ouvindo todos os elos da cadeia para discutir um novo marco regulatório, que deve ser a política estruturante que precisamos para continuar o desenvolvimento desse mercado.

Empresas & Negócios - O que deveria ser contemplado nesse novo marco regulatório?

Battistella - Um ponto muito importante, e espero que o governo federal construa alternativas nesse sentido, é criar ferramentas para que o Brasil comece a exportar biodiesel. Hoje, por exemplo, a Argentina é uma grande exportadora de biodiesel. Além disso, aquele país adiciona 7% de biodiesel na fórmula de diesel e está indo para 10%.

Empresas & Negócios - Por que a exportação é inviabilizada?

Battistella - No momento, não exportamos biodiesel a partir do Brasil por questões tributárias, ineficiência da infraestrutura e um dólar extremamente baixo, o que faz com que percamos competitividade.

Empresas & Negócios - Há empecilhos técnicos para concretizar a venda para o exterior?

Battistella - Já há empresas nacionais que conseguiriam atender às necessidades dos compradores internacionais, como é o caso da BSBios. Acredito que o biodiesel a ser exportado possa ser feito à base de soja, com algum blend (mistura) com outra matéria-prima. Depende do mercado que será explorado.

Empresas & Negócios - Quais seriam os países-alvo para a exportação?

Battistella - Principalmente, as nações da União Europeia.

Empresas & Negócios - Em que ritmo a indústria poderia atender ao aumento da adição de biodiesel na composição do óleo diesel?

Battistella - Um incremento gradativo traria tranquilidade para a cadeia toda, para os produtores de biodiesel e de oleaginosas. Temos condição de aumentar a participação a 1 ponto percentual ao ano, dando as garantias necessárias para os consumidores. Poderemos, no futuro, alcançar uma composição de 20% (B20).

Empresas & Negócios - Nos próximos anos, com a maturidade do setor, a perspectiva é de uma consolidação do segmento de biodiesel?

Battistella - Eu acredito nisso. Acho que deve haver uma consolidação formando grandes empresas nesse segmento.

Empresas & Negócios - Há espaço para o desenvolvimento da agricultura familiar com a de grande escala no setor?

Battistella - Com certeza. O programa de biodiesel tem a condição de satisfazer esses dois elos da cadeia. A iniciativa brasileira é uma das poucas no mundo que contempla a participação e resguarda uma fatia do fornecimento de matéria-prima para a agricultura familiar.

Empresas & Negócios - A discussão sobre a possível falta de alimentos devido ao uso de oleaginosas na produção de biocombustíveis ficou no passado?

Battistella - Felizmente essa baboseira acabou. Inclusive, a própria FAO (Organização da ONU para Agricultura e Alimentação), disse claramente que produzir biocombustível, em especial biodiesel, é aumentar a oferta de alimentos e gerar inclusão social. O Brasil é um grande exemplo nesse cenário. Era uma discussão que nós, do setor produtivo, sempre dissemos que não tinha fundamentação e agora está mais do que comprovado.

Empresas & Negócios - Como o Rio Grande do Sul está inserido hoje no segmento de biodiesel e qual a expectativa para os próximos anos?

Battistella - O Rio Grande do Sul é hoje o maior produtor, por sua vocação e seu empreendedorismo. Mas vejo que estamos chegando ao limite. Se não tivermos aumento de mercado, um estado que certamente irá sofrer com isso é o gaúcho, devido à quantidade de indústrias que tem em operação. Então, precisamos com urgência expandir o mercado.

Empresas & Negócios - Quais são os planos de crescimento?

Battistella - Temos o objetivo de crescer juntamente com o setor, mas o nosso planejamento estratégico não permite revelarmos a estratégia ainda. Hoje, temos uma capacidade de produção de 160 milhões de litros de biodiesel ao ano na unidade de Passo Fundo e de 130 milhões de litros ao ano no complexo de Marialva, no Paraná.

Empresas & Negócios - Qual a importância da parceria feita com a Petrobras, que agora tem 50% de participação na unidade de Passo Fundo?

Battistella - É uma aliança estratégica. A Petrobras é uma empresa competitiva e com domínio de tecnologia. Na planta de Passo Fundo, a partir de 2012, também pretendemos fabricar um novo produto, que é o biolubrificante.

Empresas & Negócios - Qual ação a BSBios desenvolve no transporte urbano de Curitiba?

Battistella - A BSBios fornece biodiesel puro, 100% da fórmula, para abastecer os ônibus triarticulados da cidade de Curitiba. Essa é uma iniciativa inovadora do município. Discute-se muito a questão econômica, mas deixamos de lado um ponto muito importante que é a situação ambiental. Os nossos governantes precisam ser mais responsáveis nessa área e adotar medidas e não apenas discursar.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=67249

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Conab adquire arroz e feijão pela PGPM

O governo aprovou, semana passada, R$ 85,2 milhões para a Conab fazer a compra, neste mês, de arroz e feijão, nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia. A compra faz parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e o instrumento utilizado neste processo são as Aquisições do Governo Federal (AGF).

Serão adquiridas 159,5 mil toneladas de arroz do RS (137,2 mil t), do PR (20,1 mil t) e de MS (2 mil t) e 2,8 mil toneladas de feijão do MS (1,0 mil t) e de RO (1,8 mil).

A política de abastecimento do governo, pela PGPM, possibilita a aquisição dos produtos excedentes do mercado por um preço mínimo. Com isto, corrige as distorções de preços ao produtor, garantindo o sustento de sua renda e uma remuneração mínima para sua colheita. (Raimundo Estevam/Conab)


Fonte: http://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=23009

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MOTIVE-SE PARA TER SUCESSO

Dinheiro pode e deve ser parte da sua motivação. Mas não pode ser a única ferramenta que você usa para se motivar.

Todo mundo já deve ter ouvido falar que dinheiro não é objetivo, mas sim consequência de um bom trabalho.

A verdade é que quem se motiva apenas pelo dinheiro acaba ficando com a parte mais pobre das recompensas.

Por isso, é muito importante ter outras fontes de motivação, como:

O desejo de superação: Os campeões da vida sabem manter-se motivados mesmo quando parece que tudo ao redor está desabando.

A vontade de vencer: O campeão é aquele que mantém a concentração mesmo quando os resultados não são os esperados.

A disposição para domar crises: Em momentos de crise, o autêntico profissional campeão se motiva ainda mais.

A determinação para manter seus valores: Os campeões são motivados por princípios. Eles fazem sempre o que é certo, mesmo que ninguém esteja olhando.

A vontade de resolver: Um campeão tem motivação para ser sempre parte da solução das dificuldades que aparecem pela frente.

A vontade de ser feliz: Uma pessoa motivada é sempre feliz enquanto resolve seus problemas!­ Mesmo no meio da maior tempestade do mundo, dedica tempo à renovação de sua felicidade.

A consciência do verdadeiro valor do dinheiro: Embora reconheça o valor do dinheiro, um campeão se motiva por saber que muitas coisas importantes da vida são de graça: um abraço do seu filho, o olhar da pessoa amada, um beijo carinhoso do seu pai, o almoço ca­pri­chado da mãe, o prazer de fazer bem feito…

Se você quer fazer com que as coisas aconteçam na sua vida, no seu emprego, na sua equipe, na sua empresa, saiba que a habilidade de motivar você mesmo e aos outros é uma ferramenta fundamental.

Estimule o desenvolvimento dessas características em você mesmo e o resultado será sua maior satisfação e motivação. E sucesso, tanto profissional quanto pessoal.

A pessoa motivada conserva seus valores, levanta a cabeça após cada dificuldade, mantém sua luz, resolve problemas e supera tudo com boa vontade, porque ela sabe que seu destino é estar no pódio.


LinkFonte: http://shinyashiki.uol.com.br/blog/index.php/2011/07/motive-se-para-ter-sucesso/

O ciúme está atrapalhando seu desempenho?

Foque no seu jardim e faça-o crescer prosperamente, ao invés de ficar agourando o do vizinho que vive sendo bajulado. Faça bem o seu trabalho e faça seu trabalho ser visível aos olhos dos outros

O título do artigo já entrega boa parte do que vou falar, mas antes explico um pouco do que leva muitos profissionais a este sentimento. Por passarmos grande parte do dia no escritório, é normal que laços de amizade sejam criados. É normal também afeiçoar-nos mais com uns colegas que outros. Mas há algumas pessoas que, curiosamente, conseguem sentir ciúme dos colegas.

Acho engraçado, pois, se são colegas, trabalham na mesma empresa, e, portanto, buscam os mesmos objetivos para a empresa ou equipe. E sentir ciúme de um colega, combinemos, é algo um tanto quanto inusitado, principalmente em um ambiente onde o profissionalismo e o desempenho devem prevalecer. Naturalmente, algumas pessoas são possessivas e/ou ciumentas por natureza e carregam consigo essas características em sua personalidade. Não digo que seja algo ruim, mas o problema está quando esse sentimento começa a afetar as relações e o desempenho profissional.

Há alguns exemplos: sentir ciúme de Beltrano pelo desempenho, pelo chefe ter preferência pelo Cicrano, por Fulano sempre ser o encarregado por determinadas tarefas e por aí vai. Certas vezes não há como negar que nos identificamos mais com umas pessoas que outras, mas é preciso ficar claro que, nas decisões profissionais o nível de intimidade ou amizade jamais deve influenciar nas decisões. Aliás, tomar decisões que visem favorecer ou prejudicar um colega por causa disso é algo até mesmo infantil.

Mas se há suspeita de que realmente há um motivo factível por alguém ser sempre o escolhido ou requisitado, ou que as pessoas tenham começado a te evitar, é bom prestar atenção a alguns pontos. Pontos como a acessibilidade, polidez, bom humor e atenção são alguns fatores comportamentais determinantes para cativar a preferência de colegas e superiores. Ou você por acaso não se lembra de um colega mau humorado, introspectivo e inacessível que ninguém gostava de falar, e ainda esperava um dia em que ele estivesse de bom humor para pedir alguma coisa ao sujeito?

Achar que a grama do vizinho é mais verde que a própria é outro grande defeito que muitos cometem. Foque no seu jardim e faça-o crescer prosperamente, ao invés de ficar agourando o do vizinho que vive sendo bajulado. Faça bem o seu trabalho e faça seu trabalho ser visível aos olhos dos outros. Isso certamente desviará olhos para o seu desempenho e, consequentemente, farão com que você se sinta mais importante.

Se você é um funcionário competente, e percebe que há um colega com ciúme de você, ignore-o. Na maioria das vezes, eles procuram fazer algo para tirar benefício para si próprios, e quando criticam algo que você faz, dificilmente têm a razão. A dica principal é: foque no seu trabalho. A competência está sempre acima de qualquer temperamento ou comportamento.

Indo para o lado dos chefes, é o dever deles perceber se não estão mimando algum funcionário, ou se o tratamento dado a alguém não está causando qualquer tipo de interferência no desempenho da equipe. O líder, aliás, não deve ter preferências, mas sim um olhar crítico com toda a equipe, pronto para dar sempre feedbacks positivos e negativos, de maneira igualitária, a todos que integram a equipe. Melhor, os que conseguem fazer a equipe se sentir orgulhosa de ser liderada por ele é porque ele conseguiu, definitivamente, unir os colegas e faze-los olhar os objetivos como algo a ser construído cooperativamente, não concorrentemente. Claro que é possível mostrar a um subordinado o quanto ele é querido, prestativo ou atencioso com as demandas que você pede, mas nunca desequilibrar o tratamento.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/2107-o-ciume-esta-atrapalhando-seu-desempenho

Depois de medidas para conter excedente, saca de arroz sobe R$ 4

O preço de mercado da saca de arroz no Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal no país, subiu de R$ 19 para R$ 23 em uma semana, desde quando o governo anunciou novas medidas para “enxugar” o excedente do produto. A informação foi dada pelo diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, durante coletiva sobre o décimo levantamento da safra de grãos 2010/2011.

O novo valor que o rizicultor está recebendo pela saca de 50 quilos de arroz ainda está abaixo da meta estabelecida pelo governo para os próximos 50 dias. O objetivo das medidas anunciadas no início da semana passada é fazer com que o valor de mercado alcance o preço mínimo estabelecido pelo governo, que é R$ 25,80. “A indústria precisa ter uma relação mais justa com os produtores”, disse Porto.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, disse que apesar da elevação maior do que 20% de uma semana para outra, o governo trabalha com cautela para que a meta seja atingida até o final de agosto, considerando, inclusive, a possibilidade de haver algumas oscilações nesse período. No entanto, ressaltou que o governo ainda tem condições de tomar outras medidas mais drásticas, caso seja necessário.

“Por enquanto estamos utilizando o saco de bondades, mas se precisar podemos usar o saco de maldades”, disse Vaz, se referindo a mecanismos que podem ser acionados para forçar as indústrias a exercerem o preço mínimo na compra de arroz.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=66927&fonte=capa

Colaboração: Valdemar Engroff - GCC

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Leilões desta semana terão também PEP e Pepro de arroz

Os leilões da Conab, nesta semana, começam amanhã (6), às 9h, com a venda de 2.164 toneladas de trigo em grãos dos estados do PR, MS, RS e SP. Em seguida, serão leiloadas 319 toneladas de feijão em cores e 465 t de feijão preto (PR). Os avisos já estão no site da Companhia.

Já na quinta-feira (7), serão colocadas à venda, primeiro, 1.267 t de café em grãos de MG e, em seguida, 2.379 t do produto ensacado, dos estoques do governo, oriundos dos estados do ES e SP. Está prevista também a venda de 2.940 unidades de sacaria de juta e 8.617 unidades da embalagem em polipropileno. No mesmo dia, ocorre a venda 19.049 t de arroz em casca do RS e a compra do produto beneficiado, pelo sistema de troca simultânea.

Já mais tarde, será realizado leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), nos estados do RS e SC, pela venda e escoamento de 25 mil t de arroz em casca; e logo após, haverá leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) de 140 mil t de arroz em casca produzido no RS, SC, MS e PR. (Raimundo Estevam/Conab)


Fonte: http://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=22948