Normativa que obriga empresas credenciadas junto à Conab a ter certificação também é sinônimo de qualidade e segurança do alimento
Desde o final de março, todas as armazenadoras que prestam serviço à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) devem estar certificadas para operarem. Com a vigência da instrução normativa número 41, que trata sobre os requisitos para a certificação, as armazenadoras não adequadas ao processo foram impedidas de atuar junto à companhia. Segundo cálculos da própria Conab, o número de empresas que ficaram de fora por ainda não estarem adaptadas às novas regras representa cerca de “1 milhão de toneladas de capacidade estática instalada”.
O processo de certificação está a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que vem fazendo o trabalho de acompanhamento das empresas. A medida vale inicialmente para os parceiros pessoas jurídicas e a meta é que até 2017 todas as empresas estejam certificadas no País. Entre as exigências que as armazenadoras devem atender estão desde uso de laboratórios para a classificação de grãos, balança nos locais de armazenagem, plano de segurança de trabalho e até sistema de ventilação dos silos e galpões.
Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria avalia que a questão dos grãos no Brasil tem vários desafios a serem vencidos, especialmente no que tange à logística e armazenagem. “Tenho dúvidas se a certificação resolverá o problema de espaço por exemplo”. Segundo o analista, apesar dos problemas que o setor enfrenta, a certificação pode ser benéfica porque é uma garantia de qualidade e de procedência do produto. “Mas será que o custo da certificação não pode implicar em um ágio sobre o preço dos grãos ou será que o produtor vai ser remunerado na mesma proporção do investimento?”, questiona.
Já Adriano Mallet, consultor técnico da Cycloar, acredita que a exigência de certificação é benéfica para o Brasil, já que o objetivo é fazer com que o sistema de armazenagem no país seja padronizado. “A meu ver, a aplicação da certificação fará com que a armazenagem brasileira chegue a um patamar de qualidade e segurança internacional”, explica.
A companhia paranaense já atende há alguns anos vários armazéns e traders em busca de itens para melhorar as condições de estoque de grãos. Em seu portfólio de produtos estão os sistemas de ventilação, como os que são exigidos no processo de certificação, e clientes de peso como Cargill, ADM e Bunge. Diante do cenário, a companhia espera crescer entre 5% e 10% neste ano. “É um crescimento bastante razoável em um momento delicado da economia”, pondera Mallet.
Processo em andamento
O processo de certificação está a cargo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que vem fazendo o trabalho de acompanhamento das empresas. A medida vale inicialmente para os parceiros pessoas jurídicas e a meta é que até 2017 todas as empresas estejam certificadas no País. Entre as exigências que as armazenadoras devem atender estão desde uso de laboratórios para a classificação de grãos, balança nos locais de armazenagem, plano de segurança de trabalho e até sistema de ventilação dos silos e galpões.
Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria avalia que a questão dos grãos no Brasil tem vários desafios a serem vencidos, especialmente no que tange à logística e armazenagem. “Tenho dúvidas se a certificação resolverá o problema de espaço por exemplo”. Segundo o analista, apesar dos problemas que o setor enfrenta, a certificação pode ser benéfica porque é uma garantia de qualidade e de procedência do produto. “Mas será que o custo da certificação não pode implicar em um ágio sobre o preço dos grãos ou será que o produtor vai ser remunerado na mesma proporção do investimento?”, questiona.
Já Adriano Mallet, consultor técnico da Cycloar, acredita que a exigência de certificação é benéfica para o Brasil, já que o objetivo é fazer com que o sistema de armazenagem no país seja padronizado. “A meu ver, a aplicação da certificação fará com que a armazenagem brasileira chegue a um patamar de qualidade e segurança internacional”, explica.
A companhia paranaense já atende há alguns anos vários armazéns e traders em busca de itens para melhorar as condições de estoque de grãos. Em seu portfólio de produtos estão os sistemas de ventilação, como os que são exigidos no processo de certificação, e clientes de peso como Cargill, ADM e Bunge. Diante do cenário, a companhia espera crescer entre 5% e 10% neste ano. “É um crescimento bastante razoável em um momento delicado da economia”, pondera Mallet.
Processo em andamento
A normativa já havia sido publicada no Diário Oficial da União em 2010, o que fez com que muitas das prestadoras de serviço da Conab iniciassem o processo de adequação. Na ocasião do início das exigências, em março passado, Rubens Rodrigues dos Santos, presidente da Conab, em nota, reafirmou a necessidade de adequação. “Nós fizemos um apelo ao setor armazenador no sentido de adotar as providências necessárias para adequar suas unidades”.
Mallet afirma que muitas armazenadoras já estão com o processo de certificação em andamento e algumas já são certificadas desde antes das exigências. “A certificação acaba sendo um diferencial de mercado, quem já tem é remunerado a mais pelo trabalho e o consumidor tem um produto de melhor qualidade à disposição”, explica o executivo.
Mallet afirma que muitas armazenadoras já estão com o processo de certificação em andamento e algumas já são certificadas desde antes das exigências. “A certificação acaba sendo um diferencial de mercado, quem já tem é remunerado a mais pelo trabalho e o consumidor tem um produto de melhor qualidade à disposição”, explica o executivo.
Redução de perdas
No caso do uso do sistema de ventilação, Mallet explica que as vantagens são percebidas na redução de custo e na qualidade do produto desde o armazém, até chegar à mesa do consumidor. “Um sistema de ventilação eficaz contribui para redução de perdas, já que em qualquer ambiente a perda de armazenagem é de 3%, decorrente de fungos, insetos, microtoxinas. Se o empresário reduz essa perda em 50%, isso tranquilamente paga o investimento”, calcula.
Mallet acredita que os investimentos do setor armazenador na melhor qualidade de suas estruturas e na certificação darão ao Brasil mais força na hora de competir. Segundo ele, a estimativa é de que em 2023 o país produza cerca de 300 milhões de toneladas de grãos e “se não tivermos um plano de armazenagem eficaz que passe também pelos investimentos em novos armazéns, teremos um déficit de mais de 150 milhões de toneladas em 2023”.
A própria Conab vem fazendo investimentos pesados em novos armazéns. Em junho, a Companhia anunciou investimentos da ordem de R$ 350 milhões na construção de dez novos armazéns para os estoques públicos. Com a medida, a capacidade estática de armazenagem da Companhia passará de 1,96 milhões para 2,81 milhões de toneladas.
Fonte: Notícia retirada do site: http://www.agrolink.com.br/noticias/clipping/certificacao-de-armazens-pode-ser-passo-para-aumentar-competitividade_182898.html. Por: Juliana Ribeiro. Publicada em: 08/07/2013
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