quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fofoca é o que mais irrita no trabalho


Apesar de recorrente em muitos ambientes de trabalho por aí, a fofoca é o, digamos, hábito profissional que mais incomoda os brasileiros.

Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 83% dos usuários do LinkedIn no Brasil apontaram esse tipo de comportamento como o mais irritante no ambiente no ambiente de trabalho.

Ao redor do mundo, a fofoca profissional incomoda 62 % dos usuários do LinkedIn. Nos Estados Unidos, 65% dos profissionais detestam quando descobrem que a sua comida do refrigerador foi roubada.

Enquanto os alemães se irritam com a sujeira encontrada em eletrodomésticos de uso coletivo (microondas e refrigerador, por exemplo), os japoneses odeiam ser motivo de piadas na empresa.

Na Índia, 74% dos entrevistados não gostam de ouvir os constantes toques de celulares dos colegas de trabalho. A Índia é o país que mais registrou fatores que irritam no trabalho (19 de 38) e os italianos foram os que menos listaram reclamações (15 de 38). Dentre os 16 países pesquisados, o Brasil ficou em quarto lugar do ranking.

No Brasil, 76% das mulheres se irritam com o uso de roupas inadequadas no trabalho contra a opinião de 44% do público masculino. Nos Estados Unidos, a diferença entre sexos também foi constatada nesse mesmo quesito, 62% das mulheres contra 29% dos homens. Na Suécia a tolerância quanto ao vestuário no trabalho é maior: 35% das suecas se irritam com as roupas inadequadas enquanto apenas 12% dos suecos marcaram essa opção.

Confira quais são as cinco atitudes que mais irritam profissionais, independente de nacionalidade ou sexo:

1 - pessoas que não se responsabilizam por suas atitudes e decisões

2 - profissionais que reclamam constantemente

3 - espaços coletivos sujos

4 - reuniões que atrasam ou que demoram muito

5 - pessoas que não respondem e-mails

Foram analisados mais de 17 mil usuários da base de dados do LinkedIn entre agosto e setembro, em 16 países – inclusive o Brasil. Atualmente, a rede tem mais de 120 milhões de membros no mundo e mais de 4 milhões no Brasil.


Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/carreira/fofoca-e-o-que-mais-irrita-no-trabalho-28092011-32.shl

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Além dos indicadores de performance

Dalai Lama sugere métricas que considerem sentimentos dos funcionários

"Num nível fundamental, somos todos iguais". Assim o líder espiritual Dalai Lama iniciou sua apresentação no evento "Uma nova consciência nos negócios", realizado em São Paulo no último dia 15 de setembro.

Ele, que é monge advindo do Tibete, de lá foi exilado em 1969, ano da tomada chinesa do monte. Vive na Índia desde então e lidera, quando consegue o visto de imigração, apresentações tocantes em todo o planeta. Felizmente, o caso do visto foi positivo no Brasil, mas exigiu esforço e nove meses de canseira que envolveram Itamaraty e Brasília. Já a Argentina não liberou sua entrada, os impedimentos acontecem por questões com a China e a diplomacia entre países.

Me causa profunda estranheza a resistência a mudanças que o sistema impõe, o que me lembra OSHO, líder indiano que também foi vítima de retaliações diversas até sua morte. A mensagem, de um e de outro, remonta à autenticidade necessária para uma conduta de realizações e desenvolvimento sadio. Amor. Ética. Verdade. Em nossas empresas, com bem menos pompa, sofremos igual dificuldade para implementar sistemas mais agradáveis e produtivos para nossas vidas. Como Dalai Lama e os organizadores destes eventos, devemos persistir, até conseguir. Na sua apresentação da semana passada, muito me chamou a atenção a possibilidade de trabalharmos com novos indicadores gerenciais, nos quais a verdadeira motivação substitui a hipocrisia do "business" e cria um ambiente de boa aventurança e produtividade. Educar primeiro o coração, depois o cérebro."Na sua apresentação da semana passada, muito me chamou a atenção a possibilidade de trabalharmos com novos indicadores gerenciais, nos quais a verdadeira motivação substitui a hipocrisia do "business" e cria um ambiente de boa aventurança e produtividade. Educar primeiro o coração, depois o cérebro."

Antigamente, o mundo não tinha o senso de unicidade que alcançou hoje com a economia global, a necessidade de ecologia e o crescimento da população. Os interesses comuns regem nossas vidas de forma inexorável. Precisamos de recursos de outros países e até de outros continentes a todo o tempo. Não podemos mais tomar decisões isoladas sem pensar nas consequências. Com tantas inovações iniciadas no século XX, fazemos os prédios mais altos do mundo e temos os piores índices já registrados em corrupção, violência, conflitos e síndromes.

Se há a possibilidade de um conflito, ele, Dalai Lama, pede que eduque-se desde já para o diálogo e as conversações. Mas você não pode desarmar um mundo agressivo e armado até os dentes se não desarmar seu interior. O autoconhecimento é, portanto, o negócio do século. Sem autenticidade e uma pitada de honestidade e transparência, as armas interiores provocam conflitos, fofocas, políticas, roubos. São elas, segundo Dalai Lama, nominalmente:

  • Raiva
  • Ódio
  • Medo
  • Inveja
  • Ganância

Estas emoções acabam por representar as causas primeiras da violência entre povos, áreas da empresa, membros da mesma família, entre você e seu amor. É preciso lidar com as emoções negativas e transformar suas próprias necessidades internas, para haver o desarmamento externo. É importante curar o senso secreto de insignificância pessoal, ou de desamparo, que guardamos e, para consumir menos, acabar com nossa necessidade de apresentar provas externas de nosso valor. Sem esta manobra sutil, ficaríamos frustrados, alterando rotinas que nos servem até aqui, muito bem. Precisamos nos sentir bem em nossa própria pele, e a educação é a chave. Podemos educar para o bem, construtivo, ou para o mal, destrutivo. Depende de qual a motivação. E aí, vem a beleza: educar primeiro o coração, depois o cérebro. Cultivar o calor do coração alimenta os valores humanos que nos sustentam e nos permitem ser felizes. Se você fomenta estes valores internos primeiro, reduz o medo e permite a paz interior. Realizar com grande maestria e competência no mundo material, partindo daí, faz o que posso chamar de Empreendedorismo Quântico. Não devemos abandonar a ousadia material, apenas domiciliar nossas competências ao consultar o coração, a alegria e o entusiasmo interno sincero. O resultado é mágico e de riquezas em todas as direções. Na medida. Sem medidas.

Indicadores gerenciais alinhados a isso ao ativismo quântico da Nova Ciência, à qual pertenço com luta, dizem respeito a não separar o material do imaterial. Em outras palavras: os indicadores econômicos, de meta e performance são importantes e devem seguir bem-vindos. No entanto, não devem ser isolados dos indicadores imateriais, como os sentimentos perceptíveis nas atividades e a intenção de realizá-las. A paz interior e a felicidade que todos (religiosos ou não) desejam naturalmente dependem de cada sentimento colocado em cada ação. Uma empresa baseada em intenções sinceras de colocar um sorriso no rosto de cada cliente tem um propósito, e ter um propósito muda tudo.

"Uma empresa baseada em intenções sinceras de colocar um sorriso no rosto de cada cliente tem um propósito, e ter um propósito muda tudo."

Ok, ok, mas somos uma empresa, não queremos ir à falência com os melhores sentimentos do mundo. Fiz esta afirmação ao físico Quântico Amit Goswami e vi novamente o mesmo desafio com Dalai Lama. Feliz de informar, estou com eles. Já estamos indo à falência com um planeta corrupto, adoecido, deseducado, desmotivado, agressivo, afetado e surtado. A mudança, depois de iniciada, se torna um grande alívio e uma imensa motivação. "We have the means, but we don?t have the meaning" (temos os meios, mas estamos sem sentido), já escrevi parafraseando Viktor Frankl, o grande médico sobrevivente de Auschwitz e criador da logoterapia. A falta de autenticidade permitida está nos sufocando a alma neste início de milênio. Queremos dançar e cantar internamente, ter perspectivas, visualizar um mundo melhor, acreditar que nós sim, do nosso jeito e com nossa existência, teremos um significado valioso ao nos valer com inteligência de recursos materiais jamais presentes antes. Afinal, somos feitos de consciência.

Alguns indicadores gerenciais são quânticos, ou seja, não são apenas materiais e "locais", mas baseados na consciência, aquela energia não local que, se não vemos a olho nu, sentimos e sabemos presente. Eles estão no ar e podem ser vistos nas empresas como:

  • Sinergia entre as pessoas e áreas
  • Energia vital dos produtos (ou você tem alguma dúvida que além de marketing aquela maçã mordida da Apple tem vitalidade humana plasmada?)
  • Brilho nos olhos
  • Alegria e humor
  • Solidariedade e amor
  • Confiança entre as pessoas
  • Valores éticos, baseados em amor, desejo alegre do bem maior da empresa
  • Capricho material, comunicação não violenta, organização, metodologias apoiando atividades em um ambiente no qual o contexto maior é compreendido.

Como podemos tornar estes aspectos elevados da vida em indicadores gerenciais?

Eu posso contar os dias de presença, as horas de trabalho, a quantidade de novas ideias, os projetos concluídos materialmente, os custos e os lucros. Mas como posso criar indicadores para estas coisas?

Este desafio marca meus últimos vinte e dois anos profissionais com a companhia, os clientes de varejo, o serviço, a ONU e o governo, a nossa indústria, as universidades, o Personare, com gente. O Método Quantum mede energia, motivadores e intenções. Mas são as pessoas que precisam de uma comunicação massiva na empresa, com os demais, para criar esta atmosfera de realização interior tanto quanto externa. Tanto quanto, perceba. Sem aquilo de valorizar demais o ser, e abandonar o fazer. São ambos importantes - e simultâneos. Dalai Lama diz que "uma estátua construída é a obra. A obra não é o mais importante. O mais importante é o que você constrói dentro de você". Pense nos projetos e trabalhos mais significativos da sua vida. O coração de calor cultivado está presente. Você se sentiu magnânimo, valorizado, unido e cooperando com um monte de pessoas, com uma intenção forte, quase sempre nobre, ajudando o amor. Sim, o amor!

As medidas convencionais são fundamentais, como satisfação e feedback de clientes, clima organizacional, numero de ligações e e-mails trocados, faturamento, gestão. Mas, por favor, livre-se do mecanicismo. Estes indicadores devem ser aliados a medidas de valor humano, como:

  • Quantas vezes esta semana você se sentiu entusiasmado com o trabalho?
  • Com quem você sabe, de coração, que pode contar na empresa?
  • Por que esta organização é motivo de alegria para o mundo?

As formas de medir isso estão no assessment, no diálogo e na sensibilidade humana de que somos dotados. Precisamos aprender a validar com novos paradigmas os sinais de prosperidade e sucesso que buscamos. Pessoas sorrindo não são uma mera coincidência.

"Precisamos aprender a validar com novos paradigmas os sinais de prosperidade e sucesso que buscamos. Pessoas sorrindo não são uma mera coincidência."

Para Dalai Lama, três são os elementos que nos permitem desenhar e utilizar novos indicadores gerenciais para a nova empresa do século XXI:

  • 1 Experiência comum (de nós como humanos ao perceber, por exemplo, o ânimo das pessoas);
  • 2 Bom senso (você sabe destas coisas. Sinceridade e comunicação delicada agradam e constroem);
  • 3 Descobertas da ciência (como a Física Quântica, que sugere que cada intenção silenciosa faz uma intervenção real no ambiente). Para ser livre, perdoar é importante.

Fonte: http://www.personare.com.br/revista/carreira-e-financas/materia/1807/alem-dos-indicadores-de-performance

Pare de se boicotar

Para tirar o melhor desempenho de sua equipe, o líder precisa aprender a superar barreiras criadas por ele mesmo

Por Anne Morris, Robin J. Ely e Frances X. Frei*
Seja nas comunidades mais pobres do mundo ou na presidência das maiores empresas, empregados ambiciosos enfrentam a mesma dificuldade fundamental: como adquirir o poder e o discernimento necessários para não apenas gerenciar, mas liderar? Ao longo de mais de uma década, investigamos por três ângulos diferentes as barreiras que existem. Conduzimos uma pesquisa sobre raça, sexo e liderança: uma com ênfase em executivos de alto escalão e outra em empreendedores sociais em todo o mundo.

lideranca-new-ideas-350Trabalhamos com centenas de líderes nos setores público, privado e sem fins lucrativos, em mercados com mais de 30 setores, e em mais de 50 países em diferentes estágios de desenvolvimento. Em meio a tanta diversidade, um padrão claro surgiu: as pessoas que constroem organizações e lideram movimentos dentro das empresas acabam impedindo a si mesmas de se tornarem grandes líderes. Por esse motivo, as empresas não tiram o melhor proveito de seu pessoal, e os funcionários limitam suas oportunidades. Por que isso acontece? Identificamos cinco barreiras principais.



PRIMEIRA BARREIRA: ENFATIZAR DEMAIS AS METAS PESSOAIS

A verdadeira liderança é aquela que melhora as outras pessoas devido à presença do líder – e assegura que seu impacto permaneça em sua ausência. Isso não significa que os líderes nunca pensem em si. Eles têm metas pessoais: desenvolver status, identidade profissional e um plano de aposentadoria, entre outras coisas. Porém a busca estrita dessas metas pode levar à autoproteção e autopromoção, que não estimulam o sucesso de outras pessoas.

Um líder que estudamos caiu nesse comportamento destrutivo após um longo período de sucesso em diversas empresas de software. Os chefes de Troy sempre valorizaram sua determinação e responsabilidade. Mas quando começaram a chover reclamações sobre o desempenho da divisão de serviços que Troy gerenciava, ele jogou a culpa na “mediocridade” da divisão de desenvolvimento de produtos, alegando que a equipe dele era obrigada a vender um produto inferior.

Seu chefe de operações discordou e passou a dar indícios de que o emprego de Troy estava ameaçado. Afinal, as reclamações se iniciaram durante sua gestão. Para resguardar sua posição, Troy se dedicou a conquistar seus colegas mais experientes um por um – “a dedo”, como ele descreve –, pedindo que opinassem sobre seu desempenho. Essa estratégia funcionou até certo ponto. Os gerentes reconheceram que ele estava comprometido a melhorar suas técnicas de liderança. Mas os problemas com clientes pioravam a cada dia. A empresa passou a ser criticada publicamente em blogs influentes, e os pedidos de reembolso aumentavam. Quanto mais Troy trabalhava para salvar seu emprego, mais difícil se tornava essa tarefa.

Troy teve um salto de liderança quando um de seus representantes de serviço pediu ajuda para resolver o crescente conflito com a equipe de desenvolvimento. O desespero do representante provocou uma mudança em seu modo de pensar – que passou a se preocupar menos com sua situação pessoal e mais com o objetivo de diminuir a distância entre as duas divisões. Troy organizou uma série de reuniões com as duas equipes e fez com que ambos os grupos fossem ouvidos. Ao final do terceiro encontro, as equipes estavam pensando em maneiras de resolver o problema de serviço conjuntamente, melhorando o software e ajudando os clientes a aprender formas de usá-lo melhor.

Assim como outros líderes efetivos, Troy deixou de se proteger e passou a apoiar os membros de sua equipe e a buscar a satisfação dos clientes. Em poucas semanas, os pedidos de reembolso começaram a diminuir, embora a empresa ainda não tivesse feito melhorias no produto.

A decisão de focar o outro pode parecer perigosa. Ela força o líder a tirar os olhos de seu próprio bem-estar e a parar de procurar inimigos. A aversão ao risco é um mecanismo de proteção impregnado em nosso DNA; é por isso que a questão da segurança geralmente supera a do impacto. Mas todos os líderes dessa cepa encontram maneiras de controlar seus impulsos de segurança. A maioria se surpreende com a energia e com o propósito que descobrem quando não mais se definem por suas necessidades pessoais e medos.

A priorização de outras pessoas pode ser mais difícil para líderes emergentes – especialmente mulheres e minorias, que podem sentir uma pressão maior de proteger seus interesses em um mundo que parece (e muitas vezes está) armado contra eles. Quando a postura da sociedade traz consigo o questionamento de sua competência, o líder gasta bastante energia para tentar provar que essa postura está errada.

Não subestimamos essa dificuldade. Porém, se o objetivo é liderar, nosso conselho é o mesmo para todos: em primeiro lugar, deixe-se para trás. Comece assumindo o compromisso de melhorar uma outra pessoa, ou uma equipe inteira – e então busque a técnica e os recursos necessários para tanto.


SEGUNDA BARREIRA: PROTEGER SUA IMAGEM PÚBLICA

Outro impedimento comum é a distração excessiva com a própria imagem – aquele ser ideal que foi criado em sua mente. A ligação do comportamento com a imagem que cultivamos exige muita energia, restando pouca para o trabalho real de liderança.

Há também custos mais sutis. Após esculpir seu personagem e resolver prender-se a ele, sua eficiência muitas vezes diminui. A necessidade de ser visto como inteligente pode inibir o aprendizado e a decisão de correr riscos, por exemplo. A necessidade de ser visto como afável pode impedi-lo de fazer perguntas difíceis ou questionar normas existentes. A necessidade de ser visto como finalizador pode fazer com que feche ciclos críticos de opinião e informação.

Uma das mulheres que entrevistamos, Anita, era a vice-presidente responsável pelo desempenho regional de um grande varejista. A imagem pública que havia criado – de profissional firme, decidida, analítica – foi uma forte ferramenta no desenvolvimento de sua carreira. Porém deixava pouco espaço para sua humanidade, uma parte essencial da equação de liderança.

Anita pensava que o uso da intuição era uma forma de preguiça intelectual. Era famosa por dizer “mostre-me os números”. Quando os indicadores das lojas revelaram que a empresa pouco ganhava com seus funcionários mais experientes, Anita determinou que alguns gerentes substituíssem vendedores mais antigos por funcionários em meio turno com menores salários. A experiência reduziu a folha de pagamento, mas criou um caos na cultura e na experiência de serviço nessas lojas – um resultado que os números não revelaram de imediato.

"Em primeiro lugar, deixe-se ficar para trás. Comece assumindo o compromisso de melhorar uma outra pessoa, ou uma equipe inteira – e então busque a técnica e os recursos necessários para tanto."


Alguns gerentes tentaram levar sua frustração a Anita, mas essas abordagens invariavelmente falhavam. Ela reagia a todas as preocupações que não tivessem confirmação em números e por sua conta e risco concluiu que seus gerentes simplesmente tinham medo de mudanças. Começaram a chegar os pedidos de demissão. Como muitos líderes, Anita havia decidido que podia ser firme ou compreensiva, mas não ambos. Não dava ouvidos a opiniões, especialmente vindas de baixo na hierarquia, nem quis arriscar-se com uma correção de rota. E assim perdeu alguns dos melhores gerentes da empresa.

Quando as demissões em sua equipe chegaram a 50%, porém, Anita resolveu que tinha de fazer alguma coisa. Inspirada por um exercício do treinamento executivo de que participara, refletiu sobre equipes em que atuou e que haviam funcionado bem. Então falou com algumas das pessoas envolvidas para tentar entender os motivos. A troca de ideias com o treinador de vôlei de sua escola fez a diferença. Ele disse: “Se você quiser que as pessoas se importem com o que você pensa, primeiro deixe claro que você se importa com o que eles pensam”. Em poucos dias, Anita procurou uma das gerentes que haviam pedido demissão, uma mulher com uma década de experiência em varejo. Ela convidou a gerente a voltar e ajudá-la a recuperar os prejuízos. Seu trabalho conjunto foi uma virada profissional para Anita.

Esse tipo de jornada não é raro. Em algum ponto de sua trajetória de liderança, as pessoas ambiciosas precisam escolher entre imagem e impacto, entre parecer poderosas e conceder poder a outros. Na verdade, precisam escolher entre representar o papel de líder ou verdadeiramente ser um líder.


TERCEIRA BARREIRA: FAZER DOS CONCORRENTES INIMIGOS

Um comportamento especialmente venenoso é o de transformar as pessoas com quem não se tem afinidade em inimigos. Em uma situação de conflito, distorcer os pontos de vista divergentes dos nossos é uma prática usual, mas que impõe um alto custo para o líder. Os vínculos com a realidade são cortados, incapacitando-o de exercer influência de forma confiável. Ao criar caricaturas dos outros, o líder corre o risco de se tornar, ele próprio, uma caricatura.

Por exemplo, vejamos Sarah, diretora de operações de uma multinacional de aparelhos médicos. Ela se especializou em integrar empresas adquiridas, e era sem sombra de dúvida excelente em seu trabalho. Mas se frustrava facilmente com a “incompetência” de seus colegas, inclusive Max, o diretor financeiro. Fazia pouco caso de sua capacidade, e havia decidido que somente alcançara a posição que detinha em função de suas relações com outros líderes, em especial o CEO. Passou a detestar tudo nele: sua voz, sua ridícula coleção de abotoaduras, seu cavanhaque.

Sarah apenas começou a reavaliar sua posição quando precisou sentar ao lado de Max em uma viagem de Londres aos Estados Unidos. Obrigada a conversar, descobriu o motivo de suas aparentes bajulações – ele se preocupava com a credibilidade do CEO com investidores e gerentes sênior. Quando aterrissaram, não apenas estavam desenhando um plano para apresentar o CEO de forma mais efetiva, mas também estudando formas de trabalhar juntos em oportunidades na Ásia. Além disso, a conversa fez Sarah perceber que, devido a sua rápida aversão, ela perdera grandes chances de trabalhar ao lado de um colega muito capaz.

Sarah se viu obrigada a humanizar Max devido às circunstâncias. Porém recomendamos uma abordagem mais pró-ativa. Observe com franqueza o modo como interage com colegas que parecem opor-se a você em definiçaõ de prioridades. Reconheça que esses colegas são pessoas que podem até mesmo se tornar seus aliados.


QUARTA BARREIRA: TRABALHAR SOZINHO

A maioria das pessoas renuncia à liderança por bons motivos. Por definição, o caminho é perigoso. Leva à mudança, não ao conforto. Troy, o gerente de software, viu-se em área de extremo desconforto ao tentar trabalhar de uma forma inteiramente nova. No entanto, conseguiu aprender a lidar com seus medos: confiar nos conselhos e apoio de poucos amigos e de membros da família. É a essas pessoas que chamamos de “equipe”.

A equipe de Troy teve um papel fundamental em sua mudança: do foco em si mesmo para a ênfase no sucesso dos colegas. Depois de várias noites sem dormir, Troy resolveu fazer um jantar em sua casa para as pessoas cujas opiniões mais valorizava: sua irmã, dois amigos da faculdade e uma empresária de informática que conheceu em uma competição esportiva. Durante os aperitivos, pôs seu orgulho de lado, explicou seu problema e pediu conselhos.

Sua nova amiga triatleta, Raj, disse a Troy que não se preocupasse tanto com seu próprio emprego e tentasse romper os guetos em sua empresa, que tanto atrapalhavam seu trabalho e igualmente ameaçavam a companhia. A princípio, Troy resistiu à ideia, mas no dia seguinte decidiu mudar seu comportamento e seguir o que chamou de “intervenção de Raj”. A cultura de colaboração que criou em sua divisão e entre ela e a divisão de desenvolvimento de produtos se tornou modelo para outros grupos na empresa. Troy segue seu ritual mensal de jantar até hoje, e assim sua “equipe” de parentes e amigos continua trocando problemas e soluções.

Ouvimos histórias semelhantes de outros líderes efetivos. Quase todos têm uma equipe forte que ajuda a dar perspectiva, solidez e fé. Sua equipe pode ter parentes, colegas, amigos, mentores, cônjuges, parceiros. Aqui o teste: o líder dentro de você aparece com frequência para eles? Encontre as pessoas que acreditam em seu desejo e habilidade de liderar. Apaixone-se por eles. Ou pelo menos encontre-os para uma rodada de bebidas com frequência.


QUINTA BARREIRA: ESPERAR PERMISSÃO PARA LIDERAR


Da mesma forma que a aversão a riscos, a paciência pode ser um dom evolutivo. É um ingrediente principal na disciplina e na esperança. Ajuda-nos a descobrir a causa-raiz dos problemas. Evita que briguemos no Detran.

Mas a paciência pode ser muito ruim para líderes emergentes. Pode minar nosso potencial, persuadindo-nos a abaixar a cabeça e seguir em frente, esperando que alguém reconheça nosso esforço e dê um tapinha no ombro. O problema dessa atitude é que as organizações saudáveis premiam as pessoas que decidem, por si mesmas, que serão líderes. O poder e a influência são companheiros íntimos, mas sua relação não é como tendemos a imaginar. Na maioria das vezes, é a influência que leva ao poder, e não o contrário.

A grande maioria dos líderes excepcionais que estudamos não esperou receber autoridade formal para começar a fazer mudanças. Pode ter conseguido o melhor escritório, mas sua liderança começou em outro lugar. De alguma maneira, simplesmente começaram a usar o poder informal que tinham.

Um personal trainer chamado Jon estava no meio de uma sessão de ginástica quando decidiu que seria líder. Certa manhã, ao ajudar uma cliente que tentava perder peso após o parto, sua mente desviava-se a um jovem que conhecia, e a preocupação de que poderia ter-se juntado a uma gangue de adolescentes. Contando abdominais, Jon percebeu que queria fazer algo diferente em sua vida.

"Em algum ponto de sua trajetória de liderança, as pessoas ambiciosas precisam escolher entre representar o papel de líder ou ser realmente um líder."

Colocou sua visão no papel ainda naquela noite. Sabia que a musculação atraía jovens com potencial envolvimento em gangues e decidiu começar um programa que lhes oferecesse força física, independência e uma comunidade, ajudando com sua autoestima. Dois anos depois, a InnerCity Weightlifting atendia mais de uma centenas de jovens em Boston. Suas sedes são alguns dos poucos locais na cidade em que membros de facções rivais podem encontrar-se em paz. Jon agora quer levar o conceito a outras cidades.

Essa mudança de carreira não foi uma virada lógica, pelo menos não por um ponto de vista externo. Ele tinha pouca idade e nenhuma experiência com programas de desenvolvimento para jovens, e havia crescido sem muita exposição à vida urbana. Seus amigos e familiares acharam loucura que abandonasse sua lucrativa carreira pessoal em troca de um sonho. Mas Jon não teve paciência e não quis esperar até ter experiência e legitimidade. Ele foi em frente e os resultados iniciais do programa lhe deram influência para recrutar alunos, escolas, pais e investidores. A história de Jon traz uma lição para os aspirantes a líder: simplesmente comece.


UM PEDIDO FINAL

Estamos levando a público essa pesquisa porque estamos dedicados a fazer com que você se mexa. Queremos viver em um mundo – e queremos que nossos filhos vivam em um mundo – em que os talentos sejam plenamente lançados sobre as questões mais relevantes. Você deve aprender a reconhecer e a superar os obstáculos que você mesmo cria. Precisamos de você na linha de frente, construindo organizações melhores.


*Anne Morris é diretora do Concire Leadership Institute, uma consultoria que ajuda líderes a
surgir e remover barreiras a seu desempenho. Robin J. Ely é professor “Warren Alpert”
de Administração de Empresas na Harvard Business School.
Frances X. Frei é professor “UPS Foundation” de Gestão de Serviços
na Harvard Business School

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Emater/RS-Ascar doa arroz para Mesa Brasil

A Emater/RS-Ascar, por meio da Unidade de Classificação de Rio Grande, doou na última sexta-feira (16/09) 2.658 quilos de arroz beneficiado para o Programa Mesa Brasil, desenvolvido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). O produto é oriundo de amostras coletadas para controle de qualidade, durante o embarque do arroz doado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Haiti, pelo programa Troca-Ajuda Humanitária.

O Mesa Brasil é um programa de segurança alimentar e nutricional sustentável, que redistribui excedentes apropriados para consumo mas fora dos padrões de comercialização. Formado por uma rede de banco de alimentos que busca onde sobra e entrega onde falta, o Mesa Brasil Sesc contribui para o combate à fome através da complementação de refeições.

Segundo o gestor da Unidade de Classificação da Emater/RS-Ascar de Rio Grande, Alair Santos, sempre que possível a Instituição doa este tipo de excedente, mas o repasse da última semana é especialmente relevante em função da grande quantidade de alimento. “Caso não fosse doado, este material acabaria sendo infestado, ficando impróprio para consumo humano. Agora, será repassado a creches, e contribuirá na nutrição das crianças”, relata.


Patrícia Strelow
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
(51) 2125-3104
imprensa@emater.tche.br

Leilões incluem prêmio de escoamento e contratos de opção

O próximo leilão promovido pela Conab será nesta quarta-feira (21), com a operação de troca de arroz, ou seja, venda de 17,7 mil toneladas de grão em casca oriundo do Rio Grande do Sul e compra simultânea do produto beneficiado. Na segunda-feira, foi operada a venda de trigo também gaúcho, transferido da semana passada. O primeiro leilão (Aviso 364) fechou em 100% o lote de cerca de 23 mil toneladas. O segundo só negociou 23% ou cerca de 10,4 mil t das 43 mil t ofertadas.

Na quinta-feira, serão colocadas à venda 110 mil toneladas de milho dos estados de GO, MG e MT, divididos em dois leilões de 78,2 mil t e 31,8 mil t. Logo após, haverá leilão de prêmio (PEP) para escoamento de 3,9 mil t de sisal dos estados da BA, PB e RN e venda de 4.186 contratos de opção de arroz em casca. A maioria dos contratos (3.889) é do RS e os demais de SC (260) e PR (37).

Já na sexta-feira, está prevista a venda de mais de 2.800 toneladas de café de MG e SP. A operação está dividida em dois leilões, sendo o primeiro e maior de MG, de cerca de 2,7 mil t, e o outro de 96 t. (Raimundo Estevam/Conab)


Fonte: http://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=23871

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PEP negocia 62,91% do arroz

O leilão de PEP realizado ontem pela Conab negociou 62,91% do prêmio para 100 mil toneladas de arroz do RS. A subvenção foi de R$ 7,20 por saca para as 62,91 mil t. Da oferta de 140 mil t que incluiu cereal do MS, PR, RS e SC, foi negociado 47,44%. No leilão de Pepro, que teve oferta de 20 mil t do RS, foi negociado 42,5%. O presidente da Federarroz, Renato Rocha, avalia que os resultados dos leilões foram bons. "Neste momento de mercado em baixa, o importante é que o cereal saia." Amanhã a federação fará assembleia para avaliar o impacto dos mecanismos no preço e traçar a estratégia para a nova safra.

Ontem comitiva esteve na Capital convidando autoridades para a 8 Abertura Oficial do Plantio de Arroz, dia 8 de outubro, em Restinga Seca. O grupo visitou a Assembleia Legislativa, a Secretaria da Agricultura e o Instituto Rio-Grandense do Arroz.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=351&Caderno=0&Noticia=338559

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Autorizada entrega antecipada de arroz adquirido em leilões

O Mapa autorizou a antecipação da data de vencimento dos leilões de contratos de opção de arroz (avisos números 182 e 216) realizados pela Conab em junho de 2011. A entrega deveria ser feita no dia 30 de novembro, mas com a antecipação o produtor pode optar por entregar o produto em 30 de setembro ou 31 de outubro.

“A decisão de antecipar a entrega do arroz é importante para dar sustentação aos preços do produto, que é uma das diretrizes estabelecidas pelo Ministro Mendes Ribeiro”, afirma o secretário-executivo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz.

Os leilões 182 e 216 ofertaram um total de 500 mil toneladas para os produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Desse total, 450 mil toneladas foram adquiridas por produtores Rio Grande do Sul e 50 mil toneladas, por agricultores de Santa Catarina, fazendo com que todo o volume fosse arrematado.

Apoio

Desde o início do ano, já foram realizadas diversas ações para aumentar a cotação do grão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em fevereiro, foram anunciadas medidas para a realização de leilões, para a aquisição direta do grão, (342 mil toneladas) e para o Prêmio para Escoamento de Produto, (1.467 mil toneladas já realizadas). Em março, o governo autorizou a realização de leilões de contratos de opções pública e privada. Até o momento, já foram aplicados R$ 477 milhões em leilões de opção pública, que resultaram no apoio à comercialização de 817,7 mil toneladas.

Nesta sexta-feira, 9 de setembro, será realizado mais um leilão de contrato de opção pública, quando serão ofertadas 125 mil toneladas. Deste total, 110 mil t serão destinadas ao Rio Grande do Sul, 12,5 mil t a Santa Catarina e 2,5 mil t ao Paraná.

Saiba mais

Contrato de opção de venda (opções públicas) - O governo leiloa o direito de o produtor rural (ou sua cooperativa) vender o produto para estoques públicos a preço prefixado.

Contrato privado de opção de venda (opção privada) - O governo concede prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda, a preço pré-determinado, para produtores ou suas cooperativas.

Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP) - busca garantir ao produtor o preço mínimo. O governo paga o prêmio ao comprador que garanta ao produtor pelo menos o preço mínimo e que encaminhe o produto para uma região pré-determinada, de acordo com as necessidades de abastecimento do país.


Fonte: Mapa
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ARROZ/CEPEA: Interesse de compra recua e Indicador cai

Entre 29 de agosto e 5 de setembro, o Indicador do Arroz Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58 grãos inteiros) registrou queda de 1,86%, fechando a R$ 23,26/sc de 50 kg na segunda-feira. A comercialização de arroz em casca foi lenta na semana passada em grande parte do estado gaúcho, conforme pesquisas do Cepea. Nas praças da Campanha e Depressão Central, tanto indústrias quanto produtores demonstraram baixo interesse de negociação; no entanto, o ritmo de venda ainda foi maior em relação às demais regiões do estado. Por um lado, alguns produtores precisam fazer “caixa” para iniciar as atividades preparatórias de plantio da safra 2011/12; enquanto outros estão capitalizados com os recebimentos de vendas para PEP e de AGF. Indústrias, por sua vez, continuam queixando-se da dificuldade de venda do fardo, principalmente devido às altas concedidas ao preço do casca e não repassadas ao beneficiado. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Você ama a empresa em que trabalha?

Oferecer somente um salário, seja ele bom ou ruim não é tudo. Para ser atraente, primeiro uma empresa precisa querer ser atraente e, para isso, é claro, deve por a mão no bolso


O que faz uma empresa ser grande? O porte, sua participação no mercado, o salário compatível com outras empresas do ramo, as condições de trabalho, os diferenciais que proporcionam o bem estar e satisfação aos colaboradores? Tudo isso. Fazer da empresa um sonho profissional é um desafio e tanto.

reuniao-trab-feliz-350Costumo brincar que não existe empresa perfeita. Há grandes empresas que deixam a desejar no clima organizacional e condições de trabalho favoráveis, outras bem menores que conseguem proporcionar um ambiente agradabilíssimo, e as grandes que sabem investir o dinheiro no bem estar do funcionário.

E qual a importância em investir no bem estar das pessoas que ali trabalham? Fazer seus olhos brilharem ao você falar da empresa, sentir orgulho da empresa, vestir a camisa dela. Isso faz os colaboradores desejarem profundamente fazer a empresa prosperar e dar o máximo de si no trabalho.

Cabe aos gestores, diretores e ao RH planejar e proporcionar estas boas condições de trabalho. Estão inclusos programas de desenvolvimento, salários compatíveis aos cargos, bonificações e benefícios atraentes – e isso é algo que a maioria das empresas pode fazer por seus colaboradores.

Porém, infelizmente, a realidade é muito diferente. Grande parte das corporações que conheço está tão preocupada em pagar suas contas no fim do mês, que mal pensam nas necessidades de seus funcionários. Muitas não se preocupam em proporcionar subsídios para que seus colaboradores se especializem, ou não pensam na importância de desafiá-los, acrescentando funções a seus trabalhos e, consequentemente, agregando valor e aumentando seus salários de tempos em tempos. Sem contar nos famosos PRL’s (Participações nos Resultados e Lucros), que dão um gás naqueles que contribuem ano após ano para os resultados da empresa. Aliás, convenhamos, não é só a recompensa financeira que conquista um profissional. Há todo um contexto, desde a mesa mais confortável para trabalhar, até a forma com que os líderes se reportam a suas equipes.

Essas empresas consideradas as melhores para trabalhar não se preocupam apenas com a remuneração de seus funcionários. Pelo contrário, sua preocupação abrange situações que vão muito além do holerite puro e simplesmente. São empresas que pensam o tempo todo no bem-estar de seus funcionários, afinal, colaborador satisfeito é sinônimo de trabalho bem feito e bons resultados para a empresa. Normalmente se preocupam com transporte confortável, café da manhã e da tarde, almoço, ginástica laboral e espaços destinados a um breve descanso. Sem contar, é claro, de estações de trabalho ergonômicas, com equipamentos de última geração que propiciam um trabalho bem feito. Afinal, como exigir, por exemplo, um relatório em uma hora, se o computador que a empresa oferece a seu funcionário parece ter sido fabricado na idade da pedra e demora horas para salvar um documento?

Oferecer somente um salário, seja ele bom ou ruim não é tudo. Para ser atraente, primeiro uma empresa precisa querer ser atraente e, para isso, é claro, deve por a mão no bolso, investimento no que mais diz respeito sobre o sucesso ou fracasso de uma empresa: as pessoas que nela trabalham.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/2396-voce-ama-a-empresa-que-trabalha

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Falta de motivação no trabalho atinge 31%


Realizada por consultoria, pesquisa abrange 261 mil funcionários de 85 empresas do País

Levantamento da consultoria de gestão de negócios Hay Group concluído neste mês revela que 31% dos funcionários estão acomodados no emprego. O estudo, que define esses profissionais como "inefetivos", foi feito com 261 mil trabalhadores de 85 empresas de todos os setores - indústrias de base e de transformação, serviços, setor público e terceiro setor. No levamento de agosto de 2010, o porcentual de "inefetivos" era de 33% num universo de 154 mil colaboradores de 41 empresas.

Lilian Graziano, professora de gestão de pessoas da Trevisan Escola de Negócios, identifica esses colaboradores como aqueles que vão à empresa e fazem apenas o suficiente para continuar empregados. Não ousam, não inovam. No estudo da Hay Group são apontados como trabalhadores que entregam menos do que podem, não se sentem engajados com a empresa e acham que não dispõem de suporte necessário para desenvolver suas atividades. Esse tipo de trabalhador costuma permanecer na organização porque acha o salário adequado e gosta dos colegas.

O especialista em desenvolvimento humano Eduardo Shinyashiki adota uma definição curiosa para o comportamento. Para ele, esses profissionais vivem uma "aposentadoria mental", pois, mesmo com responsabilidades, não têm sonho de crescimento nem investem na formação ou qualificação. Ele elaborou um teste para quem deseja verificar se está passando por esse processo.

Frustrados. Antes da acomodação, no entanto, esses profissionais enfrentam a frustração. O levantamento mostra que 14% dos funcionários se sentem frustrados, ou seja, consideram-se altamente engajados com a empresa, mas entendem que não têm suporte para ser mais produtivos. "Normalmente, esse estágio antecede a acomodação", diz Caroline Marcon, gerente da área de pesquisas corporativas da Hay Group.

O engajamento na organização passa pelo comprometimento do colaborador com a empresa e esforços direcionados ao trabalho. Quanto ao suporte, esses trabalhadores acreditam que a empresa não oferece meios adequados, que vão desde instrumentais a treinamento, para a realização das atividades.

A desmotivação é apontada por especialistas como o gatilho que empurra o profissional para a acomodação, detectada em todas as áreas, níveis hierárquicos e idades. Em muitos casos, a organização não oferece possibilidades de crescimento. E o retorno, inclusive financeiro, não é o esperado pelo funcionário, que começa a ficar desestimulado.

Esse estágio pode ser atingido quando o trabalhador tem de quatro a cinco anos de empresa. "O funcionário que se acomoda na empresa tende também a se acomodar na carreira", alerta Lilian. Ela diz que esse profissional não "olha para fora", não se qualifica e, se é demitido, fica inseguro.

Ao identificar um profissional acomodado, o gestor tem como reverter a situação. "Deve, por exemplo, propor mudança de área", diz Caroline. A empresa também pode contribuir por meio de algumas ações, como comunicar com transparência os rumos do negócio, passar visão otimista à equipe e oferecer autonomia aos funcionários.

A solução, porém, está nas mãos do profissional. Jogar a culpa e a responsabilidade na empresa não é a melhor saída. Lilian ressalta que o trabalhador precisa primeiro se perguntar o que pode fazer para mudar o quadro. Ele deve verificar se está defasado ou se precisa de capacitação.

Elaine Smith, de 37 anos, é um exemplo de profissional que está longe da acomodação. Formada em administração pela Universidade Mackenzie, fez MBA em finanças pela FEA-USP e trabalhou por 19 anos no mercado financeiro, onde construiu carreira sólida. Começou como estagiária e chegou a diretora executiva. "Toda minha carreira foi planejada", diz Elaine, que morou e trabalhou em Nova York de 2000 a 2003. Ela conta que, na volta ao País, as diferenças sociais chamaram sua atenção.

A partir daí, nasceu seu interesse pelo terceiro setor. Ao mesmo tempo, começou a notar que sua motivação no trabalho diminuia. Resolveu, então, fazer cursos e no início deste ano trocou o mercado financeiro por uma ONG, que tem seis anos e atua na conscientização de jovens da elite sobre as questões sociais. "Quero crescer com a ONG."


Fonte: http://www.gruposoma.net/Falta-de-motivacao-no-trabalho-atinge-31?utm_source=getresponse&utm_medium=email&utm_campaign=gruposoma&utm_content=Falta+de+motiva%C3%A7%C3%A3o+no+trabalho+atinge+31%25

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Programa de Armazenagem será lançado na 34ª Expointer

Programa atenderá pequenos e médios produtores

Esteio – O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em parceria com a Emater/RS, lança o Programa de Armazenagem, nesta quinta-feira (1º), às 16 horas, na Casa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O programa visa garantir a qualidade do arroz na propriedade rural bem como incentivar o armazenamento. A previsão é que a iniciativa se inicie já neste segundo semestre de 2011.

De acordo com o presidente do Irga, Claudio Brayer Pereira, com esse Programa serão minimizadas as perdas das colheitas, características de quem não tem armazenamento, proporcionando ao pequeno e médio orizicultor segurança no produto colhido. “A estratégia da ação possibilita a secagem e o armazenamento em nível de propriedade, onde o produtor é dono da sua produção, até o momento que achar oportuno comercializar”, salienta.

A ação irá suprir as deficiências no armazenamento do arroz, sendo estendido, posteriormente, para os pequenos e médios produtores de milho, feijão e soja. Também será realizado pelas entidades envolvidas um diagnóstico do tamanho da propriedade e o número de produtores que teremos que atender.

Segundo a equipe de Política Setorial do Irga, existem 3,35 mil produtores de arroz que não têm armazenagem, sendo que desse total, 91% são pequenos e médios orizicultores, com áreas de até 100 hectares. Isso representa 49% da necessidade de armazenamento, já que os outros 9% são grandes produtores, com áreas acima de 500 hectares. Além disso, foi realizado um levantamento das necessidades financeiras do programa, onde buscará orientar os produtores interessados sobre alternativas de financiamento.

Participam da solenidade de lançamento, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Emater, BRDE, produtores, e demais convidados.

Fonte: http://www.irga.rs.gov.br/index.php?principal=1&secao=1&id=2952