sexta-feira, 29 de abril de 2011

Arroz: um produto viável


Problemas, soluções e perspectivas do mercado

O arroz é uma cultura de sucesso. Consumido por mais da metade da população humana no mundo, também é um dos principais alimentos presentes na mesa dos brasileiros. As características nutritivas e a variedade de subprodutos derivados tornam o cereal uma opção excelente para o consumo diário. O Brasil possui terras adequadas e expertise para atender ao mercado interno e externo. Porém, o setor enfrenta uma dura realidade.

Até o fim dos anos 80, o Brasil supria 95% da demanda interna do cereal, porém, o fim dos subsídios e a abertura do mercado a concorrentes do Mercosul causaram uma onda de falências no setor a partir da década de 90. A súbita entrada de arroz mais barato, produzido principalmente na Argentina e Uruguai derrubou os preços e colocou o setor sob pressão constante. O investimento na produção não tem gerado retorno financeiro aos arrozeiros. Segundo o site Planeta Arroz, as cotações da safra 2011 deverão registrar uma queda histórica, principalmente no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional do grão. Sindicatos e instituições ligadas ao segmento reivindicam que caso não existam medidas por parte do governo para regular o mercado, a safra recorde de 2011 não irá gerar ganhos aos rizicultores, tampouco introduzir capital de giro no setor orizícola.
Segundo o jornal Correio do Povo, existe ainda a possibilidade dos produtores irem à justiça para impedir a invasão do arroz estrangeiro. O mesmo veículo informa que o Governo Federal admite a falha em proteger a produção nacional e estuda alternativas para a safra.

Vale ressaltar que o preço médio da saca de 50 kg no Rio Grande do Sul foi, em média, R$ 20,00 no mês de março/2011 e o custo para produzir esta quantidade de arroz é estimada em R$ 29,00. Já o preço mínimo do cereal, estipulado pelo Governo Federal, é de R$ 25,80 a saca, inferior ao custo de produção.

Existem ainda problemas indiretos que enfraquecem o segmento. O modelo de escoamento da safra baseado no transporte em caminhões aumenta os custos e diminuem as margens de ganho. O fato de não haver instalações suficientes para armazenagem da safra também é uma deficiência antiga da infra-estrutura.

O fato de o cultivo ser especialmente sensível ao clima e às estações secas gera a necessidade de ampliar o número de reservatórios para proteger o fornecimento de água durante as estiagens, o que também é uma questão urgente. No entanto, mesmo com todos os problemas, a Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), afirma que a produção nacional é capaz de suprir o mercado interno.
O Brasil possui excelência em pesquisa e tecnologia para o cultivo do arroz. Instituições como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), universidades, Associação Rio-grandense de Empreendimentos e assistência técnica e Extensão Rural (Emater-RS) realizam pesquisas pioneiras, as quais visam melhorar substancialmente a qualidade da produção, controle de pragas e doenças.

O Grupo Agrimec fornece tecnologia inovadora e conta com uma gama de implementos que abrangem o cultivo do plantio à colheita do arroz irrigado. A utilização dos equipamentos confeccionados pela empresa na lavoura maximizam a produtividade e proporcionam ganhos adicionais em tempo e dinheiro.

O panorama pode parecer sombrio, porém, existem boas perspectivas. Todos os problemas que os produtores enfrentaram nos últimos 20 anos ajudaram a impulsionar a busca de qualificação profissional e técnica, inclusive na criação de soluções para o mercado. O aprimoramento alcançado nas duas últimas décadas mostra resultados claros de que é viável investir no arroz. Os arrozeiros que souberam se adaptar às novas condições permanecem atuantes. O próximo desafio talvez seja a regulação de mercado e investimento em novas alternativas de transporte da safra e infra-estrutura.

Confira o histórico da Embrapa sobre a produção nacional de arroz

Veja o histórico das cotações do grão por estado e região desde 2003

História, números e curiosidades sobre o cultivo

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/NoticiaDetalhe.aspx?codNoticia=129353

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mapa propõe duas novas medidas de apoio aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento levará à próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta quinta-feira (28), duas propostas de apoio aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul.

“Vamos acrescentar duas medidas importantes. Numa, vamos prorrogar os vencimentos do Produsa, para não criar uma situação de dificuldade adicional para o arrozeiro. A segunda coisa é que vamos aumentar de 80 para 100% a possibilidade do EGF”, explicou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

As decisões foram tomadas durante reunião realizada na tarde de hoje, com a presença de representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e do secretário de Política Agrícola do Ministério, Edilson Guimarães.

Um dos votos que o Ministério da Agricultura levará ao CMN vai propor a prorrogação das operações de Empréstimos do Governo Federal (EGF) de arroz da safra 2010/2011. A outra proposta é estender o prazo de adesão ao Programa de Estímulo a Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) emergencial – linha de crédito disponibilizada aos orizicultores que tiveram as lavouras destruídas pelas chuvas de 2009 e de 2010 –, que venceu no dia 30 de março.

Saiba Mais

O EGF é uma linha de crédito utilizada para financiar a estocagem de produtos agrícolas abrangidos pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para venda futura em melhores condições de mercado. A medida, somada aos leilões de apoio à comercialização realizados pelo Governo, deve estimular a recuperação dos valores recebidos pelos produtores.

O Produsa é uma opção de crédito destinada a financiar a recuperação de estruturas e despesas para formação das lavouras dos produtores atingidos pelas enxurradas e alagamentos causados pelo fenômeno El Niño em 2009 e 2010.


Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/noticias/noticia.asp?noticiaId=19206&titulo=mapa-propoe-duas-novas-medidas-de-apoio-aos-produtores-de-arroz-do-rio-grande-do-sul&newsletter=true

Leilões negociam mais de 133 mil toneladas de produtos

28/04
Duas operações de Prêmio para Escoamento de Produto comercializam arroz e sisal nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira, 28 de abril, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai realizar duas operações de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), que negociarão 133,2 mil toneladas de arroz e sisal.

O leilão de sisal bruto será de 3,25 mil toneladas da safra 2010/2011 - 3 mil t da Bahia, 150 t da Paraíba e 100 t do Rio Grande do Norte. Poderão participar da operação as indústrias de beneficiamento e comerciantes que não sejam provenientes dos estados produtores da fibra.

O Prêmio de arroz será de 130 mil toneladas do produto em casca, produzido nos estados do Rio Grande do Sul (100 mil t), de Santa Catarina (10 mil t), do Mato Grosso do Sul (10 mil t) e do Paraná (10 mil t). O destino poderá ser qualquer localidade, exceto as regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste; os estados de Tocantins, Rondônia e Pará; e países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Suriname.

Desde o início do ano, foram realizados 12 leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) de sisal, com a negociação de 31,3 mil toneladas de fibra. De arroz, foram seis leilões, com o Prêmio de 556,6 mil toneladas do produto.

Saiba mais

Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) - O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento. Este instrumento desonera o governo da obrigatoriedade de comprar e estocar o produto.

Confira os avisos nº 124 (PEP de sisal) e 125 (PEP de arroz)

http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_04_14_11_34_53_vda_124_sisal..pdf
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_04_14_11_36_24_vda_125_arroz..pdf

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Porto do Rio Grande obteve maior movimentação no primeiro trimestre da última década

O Porto do Rio Grande movimentou no primeiro trimestre de 2011 o equivalente a 6.321.611 toneladas, incluindo cargas, descargas e transbordos. Na comparação com igual período de 2010, o crescimento foi de 24,78%. Na última década, este é o melhor resultado obtido nos primeiros três meses do ano, sendo que a maior movimentação até então registrada compreendia ao ano de 2008, quando foram movimentados 5.804.080 toneladas.

De janeiro a março de 2011, destacaram-se as exportações de trigo que atingiram um volume de 1.281.487 toneladas, o que significou um aumento expressivo de 249,86% em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, o volume de trigo exportado foi de 366.281 toneladas. De acordo com o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em relação à safra 2010-2011, a produção de trigo no Estado do RS foi de 1.974.800 toneladas, sendo que 64,8% dos grãos foram exportados pelo Porto do Rio Grande.

Em segundo lugar entre as mercadorias exportadas, esteve o farelo de soja com 591.976 toneladas, obtendo um crescimento de 88,15% em relação ao mesmo período de 2010. Na ocasião, o volume exportado foi de 314.616 toneladas. Entre as maiores exportações, aparece também a soja em grão com 202.706 toneladas, sendo que em 2010 esse volume foi de 60.224 toneladas, o que representa um incremento de 236,59%.

Na movimentação do porto gaúcho por segmento, verificou-se uma queda de 8,29% nas operações com o segmento carga geral, já os segmentos granel sólidos e líquidos, apresentaram, respectivamente, crescimento de 51% e 17,49%.

Nesse primeiro trimestre, no segmento granel sólido, entre os principais volumes importados, esteve o trigo com 155.766 toneladas, apresentando um incremento de 55,78% comparado a 2010 (99.991 toneladas). O fosfato de cálcio natural obteve a segunda maior importação do segmento, com 118.248 toneladas, registrando um incremento de 100,84% em relação a 2010 (58.878 toneladas). A Uréia também apresentou um dos principais volumes de importações com 109.723 toneladas, 91,06% a mais que em 2010 (57.430 toneladas).

No segmento granel líquido, a mercadoria que apresentou o principal volume exportado foi o óleo de soja com 124.965 toneladas, com crescimento de 269,47% comparado ao mesmo período de 2010 (33.823 toneladas). Já o principal volume importado no segmento, foi o ácido sulfúrico com 76.026 toneladas, representando um incremento de 5,33%. Em 2010, o volume obtido foi de 72.177 toneladas.

No primeiro trimestre de 2011, os principais destinos das exportações do Brasil pelo Porto do Rio Grande foram países da Europa (21,91%), países da África (17,65%), países da Ásia (15,12%) e demais países (45,31%). Destes, os principais destinos das exportações foram Argélia (425.052 toneladas), Espanha (269.323 t), Egito (236.092 t), Holanda (199.924 t) e China (189.040 t).

O Superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, avaliou que a movimentação apresentada está dentro do programado. "Com a consolidação das obras e validação do novo calado para o canal de acesso, estaremos ao final deste ano executando uma das melhores movimentações de cargas no porto do Rio Grande", afirmou.

Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Aprendendo com os seus erros

Ganhe confiança por meio das falhas e assuma nova postura no futuro

Cometer erros ao longo da vida é inevitável. Mas não é fatal. Reconhecer os desacertos e entender por que os cometemos pode ser um grande e belo aprendizado. E também uma excelente maneira de se fortalecer, construir sua autoconfiança e seguir em frente de peito aberto.

Os erros e fracassos são parte essencial do autoaperfeiçoamento, desde que a pessoa não se deixe abater por desânimo, culpa ou arrependimento. Basta mudar a perspectiva e enxergar que o erro é uma parte saudável e inevitável do processo de chegar ao topo. Afinal, a experiência é nosso melhor professor.

A jornalista Claudia Miranda aprendeu a quebrar um ciclo vicioso e seguir em frente quando percebeu que a culpa por errar trazia muito sofrimento e também a paralisava. "Foi um processo longo. Passei a refazer meu passos, tentando acertar da próxima vez. Aprendi a me perdoar e a tentar novamente. Aprendi a dar um segunda chance", conta. E vive muito mais feliz com esta liberdade de errar e aprender com as falhas.

Quanto mais tentativas, melhor

O ciclo vicioso citado por Claudia pode ser transformado num processo positivo. Tornando-se mais autoconfiante, estamos dispostos a admitir coisas que não admitiríamos se tivéssemos uma autoimagem menor. Admitindo, aprendemos e nos aperfeiçoamos. O que não pode, definitivamente, é deixar que o medo de cometer erros abstenha a pessoa de tentar.

Exemplos públicos são inúmeros. Nomes conhecidos e queridos também somaram fracassos no caminho que os levou ao êxito. Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal porque não tinha boas ideias. Michael Jordan foi cortado do time de basquete da escola. Os Beatles foram rejeitados por uma gravadora que não gostou da música deles e disse que a guitarra elétrica já estava com os dias contados. O que essas pessoas têm em comum? Sacudiram a poeira e deram a volta por cima. E tentaram novamente. E através dessa tentativa seguinte, conseguiram alcançar o sucesso.

Thomas Edson, o grande inventor, foi chamado de "estúpido demais para aprender", pela professora. E tem uma frase que cunha com sabedoria o processo de aprendizado: "Eu não falhei. Eu apenas encontrei 10.000 maneiras que não funcionaram". Ou nas palavras do dramaturgo Samuel Beckett: "Tente de novo. Falhe novamente. Falhe melhor".


Fonte: http://www.personare.com.br/sendstudio/link.php?M=121396&N=208&L=1323&F=H

terça-feira, 26 de abril de 2011

Horário flexível faz crescer o engajamento dos funcionários

Claudia Pohlmann, diretora de RH da DuPont, diz que na empresa é possível sair ou entrar mais cedo para deixar filhos na escola ou fugir do trânsito
Companhias que oferecem flexibilidade de horários têm funcionários mais engajados e satisfeitos. Levantamento global realizado com 3.300 gerentes e profissionais mostra que políticas nesse sentido ajudam a levantar os índices de retenção nas organizações em 25% no caso dos homens e em 40% entre as mulheres. O estudo indica que quanto mais específicos e customizados forem esses programas para atender os diferentes perfis dos colaboradores, melhores serão os resultados para as empresas.

"Oferecer essas alternativas aumenta significativamente o bem-estar dos trabalhadores, mas é preciso entender quais modelos se encaixam melhor para cada um deles", afirma Marcial Rapela, sócio da consultoria Bain & Company, responsável pela pesquisa.

No caso da IBM, empresa que possui 400 mil funcionários em todo o mundo, oferecer programas customizados de flexibilidade foi a solução para atender às necessidades de pessoas que trabalham em turnos deslocados ou em cidades onde não há escritórios da companhia, por exemplo.

Gabriela Herz Francoio, gerente do programa de diversidade da empresa, afirma que uma das alternativas mais populares é o home office, praticado por pelo menos 10% dos colaboradores no Brasil e no mundo. Até mesmo dentro desse sistema existe maleabilidade. Para algumas pessoas há possibilidade de alternar dias de trabalho em casa e no escritório. "É uma forma de usufruir dos benefícios do trabalho em casa sem perder o contato com o escritório", afirma Gabriela, que também aderiu à prática duas vezes por semana.

A IBM possibilita a negociação de uma semana ou um dia de trabalho mais flexível - o profissional pode entrar mais tarde, sair mais cedo e até mesmo compensar horas não trabalhadas em outro dia -, além de licenças não remuneradas que podem durar até 3 anos.


Cada tipo de flexibilidade, porém, possui um público "ideal", que muda de acordo com o momento pessoal e de carreira. Segundo a pesquisa, existem funcionários que abrem mão de crescer rapidamente na empresa para trabalhar menos horas e ter uma rotina mais planejada. Outros são mais ambiciosos e buscam desafios e resultados, mesmo que isso signifique um dia a dia imprevisível.

Na DuPont, empresa do setor têxtil com 2.500 funcionários no Brasil, há opções como licenças não remuneradas, que atendem desde profissionais que querem se dedicar temporariamente aos estudos a mães que desejam estender a licença maternidade além do tempo regulamentar. Também existe a possibilidade de mudar os horários de entrada e saída do trabalho, caso o profissional tenha que deixar os filhos na escola ou queira fugir do trânsito. Segundo Claudia Pohlmann, diretora de RH da empresa, a ideia é reforçar o conceito de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. "Na prática, todos os públicos são receptivos e valorizam algum tipo de flexibilidade."

Mesmo assim, existe uma parcela de trabalhadores que ainda resiste na hora de aderir a essas políticas. Na indústria de engenharia SKF, empresa com 980 funcionários no Brasil, há aqueles que não abrem mão de ficar no escritório. A empresa implementou o home office para as áreas administrativas há três anos. De acordo com Antonio Boueri, diretor de RH da companhia, essa é uma alternativa normalmente rejeitada por profissionais que precisam do contato diário com os colegas ou que não têm um ambiente adequado em casa para trabalhar. "Na área comercial, é uma prática bem recebida. Para as demais, existe desde inadequação até preocupação de parecer pouco importante ou desprestigiado", afirma.

No caso dos funcionários mais jovens, porém, a visão já começa a mudar. Segundo Boueri, eles são os que melhor se adaptam a esse tipo de programa oferecido pela empresa. Um dado do levantamento confirma a tendência: 86% dos profissionais de até 30 anos esperam algum tipo de flexibilidade de seus empregadores.

Desenvolver projetos que ofereçam maleabilidade de horários, no entanto, não é suficiente. Segundo Rapela, da Bain & Company, é importante que os funcionários sejam estimulados a usá-los. A pesquisa mostra que, em média, 60% das empresas possuem algum modelo flexível, mas apenas 18% delas têm essas opções aproveitadas amplamente pelos profissionais. "É importante deixar claro que as pessoas que optam por essa possibilidade não perderão oportunidades de carreira e nem o respeito de colegas, clientes e chefes", diz.

A diretora de RH da DuPont afirma que afastar essa preocupação foi parte de um projeto de educação da empresa. Em 1994, quando deu início aos programas de flexibilidade, a companhia elaborou um guia que ajudava as pessoas a enfrentar a nova realidade e a entender o que era o home office. Hoje, essa política está totalmente incorporada pelos profissionais. "O conceito evoluiu muito. O profissional percebe que não estar fisicamente no escritório não o afasta do time", afirma.


Fonte: http://www.gruposoma.net/Horario-flexivel-faz-crescer-o-engajamento-dos-funcionarios?utm_source=getresponse&utm_medium=email&utm_campaign=gruposoma&utm_content=Hor%C3%A1rio+flex%C3%ADvel+faz+crescer+o+engajamento+dos+funcion%C3%A1rios.

Arrozeiro briga por preço mínimo



A garantia do preço mínimo do arroz de R$ 25,80 pelo governo federal é a principal demanda de lideranças gaúchas, hoje, em uma série de reuniões em Brasília. Ontem, em audiência, o governador Tarso Genro definiu que o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, reforça o grupo na tentativa da obtenção de um posicionamento imediato. "Não importa como isso será feito, mas é preciso dar essa certeza ao produtor", disse Mainardi.

Para o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong, só com a interferência da presidente Dilma Rousseff haverá solução para o quadro, composto por estoque alto e safra cheia. No encontro, o presidente da Federraroz, Renato Rocha, pediu equalização do ICMS ao de São Paulo, o que significaria redução da alíquota de 12% para 7%. Outro pedido é a isenção da taxa CDO na exportação da produção do RS. Tarso disse que os pleitos são razoáveis e devem ser atendidos. Durante a tarde, audiência pública tratou da crise na Assembleia Legislativa.


Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=208&Caderno=0&Noticia=285744

quinta-feira, 14 de abril de 2011

AGC terá fórum de comunicação entre os associados

As estatísticas do Blog da AGC tem mostrado que tornou-se uma ferramenta ampla e útil para todos os interessados em tudo o que se publica nele. Dessa forma, o teimoso Blog não quer ficar escondido e restrito a alguns: quer continuar público e "com as porteiras abertas, sem tranca, nem tramela" como diz o amigo e colega Valdemar Engroff.

Devido a isso, outro canal de comunicação está sendo criado. Todas as Unidades estarão recebendo um convite para participarem de um grupo fechado entre os classificadores e associados da AGC. Esse grupo funcionará através de troca de e-mails e será o único veículo de divulgação de notícias da Diretoria da AGC. Portanto, todos devem aceitar o convite que vão receber.

Além das Unidades de Classificação, os colegas interessados em participar do fórum de discussões poderão inscreverem seus e-mails particulares e, para tanto, devem buscar orientação com a moderação do Blog.

De acordo com o posicionamento da Diretoria da AGC, tanto o Blog quanto o Fórum deverão ser espaços cada vez mais fortalecidos, ao que concordamos diretamente, pois a Associação, dessa forma, também ficará mais fortalecida.

O papel do Blog, portanto, continuará sendo pertinente a todos os que já recebem sua newsletter, com seus artigos sobre qualidade de trabalho, notícias do mercado agrícola, textos motivacionais sobre recursos humanos, enfim, permanecerá sendo um veículo isento, independente e receptivo às manifestações de todos os interessados.
Abraço a todos, boas discussões e bom trabalho!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Anvisa, CNA e pequenos agricultores divergem sobre uso de agrotóxicos

Anvisa, CNA e pequenos agricultores divergem sobre uso de agrotóxicos

Brasil é o país que mais usa defensivos agrícolas no mundo, produtos que podem provocar mutações genéticas entre outros efeitos negativos. Participantes de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, nesta quinta-feira (7), divergiram radicalmente sobre o uso de agrotóxicos no Brasil. Enquanto a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu a modernização do uso desses insumos, um representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma deputada apontaram os efeitos negativos para a saúde humana. Já o representante dos pequenos agricultores defendeu o fim do uso dos agrotóxicos. O tema foi discutido como parte do Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quinta-feira (7). Na audiência, foi ressaltada a influência dos agrotóxicos na qualidade de vida dos brasileiros. O Brasil é o país que mais consome esses produtos no mundo. Foram usados cerca de 1 bilhão de litros em 2009, segundo dados do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola.

Consequências neurotóxicas - e acordo com o diretor da Anvisa José Agenor Álvares, os agrotóxicos podem provocar tontura e dor de cabeça, consequências conhecidas como neurotóxicas. “São questões neurológicas ou mutagênicas, que podem alterar alguns genes das pessoas.” Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 115 pessoas morreram contaminadas com agrotóxicos e quase 4 mil ficaram intoxicadas com o produto em 2009. Pesquisas da Anvisa também mostram contaminação acima da permitida por lei em alguns alimentos, como o pimentão. Um estudo divulgado no mês passado, mostrando que a contaminação por agrotóxicos vai além da alimentação, preocupa a deputada Celia Rocha (PTB-AL). Segundo ela, “pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso detectou no leite de 62 mulheres a presença de dois a seis tipos de agrotóxicos, inclusive um proibido no Brasil desde 1999”.

Fim dos agrotóxicos - O representante da Secretaria Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, Valter Israel, lembrou que o Dia Mundial da Saúde marcou o lançamento de uma campanha permanente contra o uso de agrotóxicos. Ele ressaltou que é possível produzir de maneira diferente. “A nossa discussão não é a do agrotóxico genérico, que está rolando por aí. Não é de como nós vamos organizar a produção com agrotóxico com baixo custo, e sim de como vamos organizar a produção sem agrotóxicos.”

Modernização do Uso - Já o representante da Confederação Nacional da Agricultura, Aléssio Maróstica, diz que é impossível produzir alimentos para os brasileiros e para exportação sem usar esses defensivos químicos. Segundo ele, é necessário “modernizar a aplicação” dos defensivos agrícolas existentes e já em uso no Brasil. “Sem os agrotóxicos, vai ser muito difícil nós termos alimentação para todos”, diz Aléssio.

Subcomissão - O debate desta quinta-feira foi o ponto de partida de uma subcomissão especial criada para avaliar as consequências do uso de agrotóxicos para o País. O presidente do colegiado, deputado Padre João (PT-MG), informou que, nos próximos meses, os deputados vão analisar a relação dos agrotóxicos com os trabalhadores, com o meio ambiente e com os consumidores dos produtos agrícolas. Ao final dos trabalhos da subcomissão, acrescentou o parlamentar, será divulgado um relatório que mostre quais pontos da lei e da ação do Estado devem ser melhorados na área. (Agência Câmara)


Contribuição do colega Geverson Lessa dos Santos - NCE - GCC

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fuja dos problemas do trabalho sem sair dele

Quando o trabalho se torna um fardo e a insatisfação, uma rotina, está na hora de rever as metas profissionais em prol da saúde.
Lutar ou correr. Diante de situações de estresse, nós, seres humanos, fisiologicamente, temos como escapatória essas duas opções. Mas já há muito tempo o Homo sapiens moderno encontra-se impedido de realizar quaisquer delas. As novas relações sociais e econômicas impuseram outras formas de lidar com as situações em que o corpo e a mente sentem os reflexos de uma rotina desequilibrada de trabalho, nos mostrando que é possível fugir do estresse da ocupação, sem que para isso seja preciso sair dela.

“O trabalho hoje oferece poucos riscos físicos, embora ainda haja casos, mas exige muito da capacidade cognitiva do trabalhador.” Lys Esther Rocha, professora da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e especialista em saúde ocupacional traça essa evolução, evidenciando que, com o novo cenário das relações de trabalho, é a saúde mental do trabalhador que surge como uma preocupação à medicina. “Hoje o ato de trabalhar é mais intenso e exige coisas muito além da nossa capacidade. Isso gera um quadro de estresse”, completa a professora.

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% dos trabalhadores têm transtornos mentais menores e cerca de 5% a 10% possuem transtornos mentais graves. As perturbações psíquicas desenvolvidas no trabalho, afirma Lys, podem gerar quadros de saúde complexos que se refletem não só na mente, mas também no corpo.
Quando a insatisfação profissional e o cansaço persistem por muito tempo, o trabalhador pode desenvolver um quadro clínico chamado de Síndrome de Burnout.

“Acontece quando há um esgotamento físico, uma fadiga, uma despersonalização e um desgaste emocional persistente na rotina do trabalhador”, alerta a professora. Em outras situações, a depressão pode surgir como reflexo de um ambiente profissional exigente: “Quando o indivíduo não consegue alcançar suas metas e por isso se sente incapaz, ele pode ficar deprimido”, esclarece a professora.

Em áreas violentas, como São Paulo, outra situação que ameaça a saúde do trabalhador é o estresse pós-traumático. Lys relata que “alguns profissionais como vigias e motoristas podem sofrer algum tipo de violência, como um assalto, e ao retornarem ao seu serviço, acabam desenvolvendo taquicardia ou ‘suam frio’. Logo após o episódio, isso é considerado normal, mas se após aproximadamente seis meses o trabalhador ainda tiver essas reações, ele pode apresentar o transtorno”.

Há maneiras, porém, de preservar a saúde da mente e do corpo diante do estresse da ocupação. A professora destaca atitudes simples que podem ser tomadas, tanto no ambiente profissional, quanto na vida pessoal e que mantêm em consonância as funções cognitivas e a ocupação no trabalho.

“É preciso se organizar e pensar: até aonde eu quero chegar?”. Muitos trabalhadores, por aspirações econômicas elevadas, acabam exigindo de si mesmos esforços que vão muito além da própria personalidade. Lys destaca que a palavra-chave nessa hora deve ser “equilíbrio”. Conciliar a própria capacidade de trabalho com seus limites pode restringir o sonho de se tornar o presidente da empresa, por exemplo, mas poupa mente e corpo de situações estressantes. “É importante pensar na vida como um todo e ter autoconhecimento”, ela completa. No ambiente de trabalho, se houver liberdade, deve-se rever as metas de produtividade com toda equipe.

Atividades físicas são fundamentais. Apesar do discurso “faça exercícios” parecer clichê, quando se trata de conselhos para a saúde, Lys explica a situação: “Aquela nossa reação de correr ou lutar ainda está em nosso organismo. Por isso, os exercícios físicos nos ajudam, fisiologicamente, a liberar as tensões”.

Por último, ela aconselha: “Tenha tempo de lazer”. Atividades culturais, artísticas e emoções positivas distraem a mente das exigências do trabalho e auxiliam a relaxar. Privilegiar o trabalho na vida não é uma solução saudável: “Pense na vida como um todo, saiba equilibrar os lados”, ressalta a professora.


Por Por Isabela Morais. Agência USP de Notícias.