Para o trigo o tempo sem chuva e com baixa umidade tem acelerado a maturação das lavouras e a colheita no Rio Grande do Sul. Nesta semana, o percentual de área colhida saltou para 25% do total da área plantada, tendo ainda 35% em condições de colheita. Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, essas condições também têm favorecido a qualidade do grão amadurecido recentemente, dando um bom PH ao produto. Os rendimentos também têm se mantido em níveis bastante satisfatórios, com os produtores obtendo produtividades médias que giram ao redor dos 2,4 mil kg/ha.
Os produtores estão intensificando o plantio da safra de verão. No arroz, nesta semana, o percentual de área semeada alcançou os 60%, contra uma média de 32% para esta época do ano. Apesar desse ritmo, os produtores de algumas regiões produtoras começam a enfrentar problemas em relação à falta de umidade adequada para uma germinação mais rápida e homogênea das sementes. Em alguns casos, a utilização da água reservada para a irrigação já é usada para os chamados “banhos”, que visam suprir a falta de umidade no solo. Outro fato que não tem colaborado nesse processo inicial são as baixas temperaturas durante o período da madrugada, pois retardam a germinação e o crescimento inicial das plantas.
As condições climáticas são favoráveis para a rápida evolução da semeadura do feijão, pois as últimas precipitações aconteceram no final de semana passado. Apesar do baixo volume, essas precipitações possibilitaram aos agricultores acelerar o plantio e ultrapassar em 6% a média histórica para o período, chegando aos 82% da área plantada. Vale ressaltar que, apesar dessas condições de baixas precipitações terem propiciado condições de evolução de plantio, já se faz necessário um retorno de precipitações mais adequadas, assim como uma melhor distribuição espacial, pois a germinação e o início do desenvolvimento das plantas já estão ocorrendo de maneira mais lenta em algumas áreas. As baixas temperaturas para esta época, que vêm ocorrendo eventualmente, também colaboram para essa desaceleração.
No milho, o percentual da área já semeada chega a 64%, ultrapassando a média. Porém, essa condição de pouca chuva também começa a preocupar o produtor, uma vez que a umidade presente no solo não tem sido suficiente para uma germinação mais efetiva das sementes lançadas recentemente. Nas lavouras mais adiantadas, é o crescimento da planta que começa a ser afetado, com algumas apresentando sinais de estresse hídrico.
A soja teve um incremento de cinco pontos percentuais na área semeada. Esse aumento poderia ser maior, não fosse a falta de umidade adequada em determinados momentos. Alguns produtores estão preferindo aguardar uma condição melhor para seguir o plantio. Todavia, a atual safra se encontra ligeiramente (1%) mais adiantada que a passada. A soja atravessa um bom momento em relação aos preços. Embora não tenha atingido os mesmos patamares registrados ano passado, as atuais cotações se encontram 14,36% acima da média para o período, colocando a saca de 60 kg em R$ 40,85 nesta semana.
As condições de desenvolvimento e produção de hortigranjeiros no Estado são muito boas, com a meteorologia beneficiando as fases evolutivas e propiciando bons volumes de aprontamento nas diferentes culturas que abastecem o mercado nesta época. Isso vem determinando a queda sistemática dos preços da maioria das olerícolas e de algumas frutas nos mercados e feiras do Estado.
Em virtude do reinício do rebrote das pastagens naturais, estão melhorando as condições nutricionais dos animais mantidos em campos nativos. Neste período, ainda existe boa disponibilidade de pastagens cultivadas de inverno, principalmente de azevém. As condições sanitárias do rebanho, nas principais regiões produtoras do Estado, de maneira geral, são satisfatórias.
O clima apresentado neste início de primavera é ideal para o desenvolvimento dos cordeiros. As condições sanitárias estão exigindo cuidados especiais, devido ao aumento da incidência de verminoses no rebanho. Em relação à comercialização, o preço do cordeiro continua alto, trazendo otimismo para os produtores. Em São Gabriel, o preço do quilo da carcaça de cordeiro, com peso entre 12 e 20 kg, teve mais um aumento, situando-se entre R$ 11,00 e R$ 11,50.
Raquel Aguiar
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Estagiárias Aline Menuzzi e Joana Pretto Cavinatto
imprensa@emater.tche.br
Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/noticias/noticia.asp?noticiaId=16028&titulo=produtores-intensificam-colheita-do-trigo-no-rs&newsletter=true
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