quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Grãos: tendência para os preços é de alta até 2012, diz banco francês

Os analistas do banco Societe Generale aumentaram suas previsões para os preços dos grãos até 2012, alertando para as severas baixas que as safras tiveram neste ano e afirmando que deverá levar mais de uma temporada para a recuperação dos estoques.

De acordo com a estimativa do banco, o rally dos grãos deverá se aquecer no primeiro trimestre do ano que vem diante de estoques apertados. Segundo os cálculos, poderá ser registrada a menor reserva de milho nos Estados Unidos em 40 anos - 3,2 milhões de toneladas no fechamento do ciclo 2010/11, e isso forçará os compradores a continuarem comprando, o que servirá como suporte aos preços.

Entretanto, o pico do rally será muito mais alto do que o previsto em seu último relatório de commodities.

O Societe Generale aumentou em 13% sua previsão para o preço médio do trigo na Bolsa de Chicago - US$7,70/bushel - nos primeiros três meses de 2011. Para o milho, a alta prevista é de 27% - US$6,60/bushel - e para a soja, 30% alcançando os US$13,60/bushel, ambos também na CBOT.

Além disso, o estudo estima que os futuros não irão entrar em colapso com o pico do rally, como o pós-alta dos preços em 2008, mas sim entrar em um declínio "moderado", onde o trigo, em Chicago, continuará próximo aos US$7 pelo resto do ano.

Enquanto as altas cotações podem repercurtir em um aumento na produção, "não será suficiente para repor os estoques à níveis adequados", diz o relatório. O constante crescimento da demanda global por grãos irá requerer um extra de 30 a 40 milhões de toneladas na produção para atender a procura.

"No total, a produção mundial de grão deverá aumentar cerca de 100 milhões de toneladas e alcançar o volume recorde de 1,80 bilhão de toneladas".

Essa tendência de alta estimada pela Societe Generale é reflexo, em parte, de expectativas de quebras nas safras 2010/11 por conta do La Niña, fenômeno que vem promovendo a seca em partes da América do Sul e que deve atingir seriamente as lavouras brasileiras de soja.

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/ClippingDetalhe.aspx?CodNoticia=150707

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