Conselheiros falam em desmonte, enquanto direção garante que serviços não serão prejudicados
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O montante se aproxima do total retido no caixa único estadual em 2010: R$ 12 milhões. A apropriação gera polêmica no Conselho Deliberativo, que já avalia uma forma legal para não pagar a tarifa criada justamente para sustentar o Irga. Desde a criação do Sistema Integrado de Administração de Caixa do Estado (Siac), em 1991, cerca de R$ 66 milhões foram contingenciados. Além disso, fator agravante, as diretorias administrativa, comercial e técnica seguem vagas. A Justiça determinou há mais de 60 dias o retorno dos titulares, exonerados em janeiro. De acordo com a Procuradoria-Geral do Estado, o retorno ainda não aconteceu porque a decisão do Tribunal de Justiça não foi oficiada.
A dificuldade financeira estadual é a justificativa do presidente do Irga, Claudio Pereira, para a redução de verba disponível. Contudo, ele garante que as áreas de pesquisa e assistência técnica não serão e nem estão sendo afetadas. "Vamos cortar gastos supérfluos." Ele acrescentou ainda que os cortes devem penalizar investimentos. Em análise na Secretaria da Fazenda (Sefaz), o plano de cargos e salários também não deve sair do papel em 2011. Na sexta-feira, há reunião com o secretário da Sefaz, Odir Tonollier, para obter informações sobre o próximo semestre. Pereira não acredita que o orçamento de R$ 56 milhões previsto para 2011 seja executado.
Conselheiros estão indignados e sustentam que há corte no custeio de atividades diárias. "Se o governo tirou poderes do Conselho, nada mais justo que ele sustente o Irga", diz Walter Arns, de Uruguaiana, referindo-se à reestruturação em curso. Para Ivo Lessa, a redução de verba é sinônimo de desmonte. "O Irga tem recebido recurso só para pagar a folha de pagamento. No momento que reduz repasse, desmonta a estrutura."
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=257&Caderno=0&Noticia=304746
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