quarta-feira, 1 de junho de 2011

Preguiça pra dar e vender

O desempenho aquém do esperado condena o profissional a, muitas vezes, permanecer naquele cargo e a ficar restrito às mesmas funções sempre

Muita gente tem, principalmente após o almoço. Não precisa dizer mais nada para que se imagine a palavra “preguiça”, ou “moleza”. Não nego que eu também tenha meus momentos de preguiça. Haja xícaras e xícaras de café pra dar conta do sono que bate. E sei bem como é. A produtividade cai e as coisas que requerem mais esforço intelectual são deixadas para depois.

preguica-350Todos têm seus momentos de preguiça e isso é, de certa forma, normal por grande parte dos profissionais. Apesar de ter uma aparência inofensiva, essa moleza pode se tornar um verdadeiro problema ao longo do tempo. Já percebi em algumas pessoas uma espécie de “progressão”, que foi quando a preguiça, que até então ficava restrita a meia hora após o almoço, tomou conta da tarde toda, e mais tarde, do dia todo. Quando alguém incorpora esse comportamento a pessoa vira uma preguiçosa, ou a famosa “corpo mole” – aquele que não faz nada, e, quando faz, deixa tudo para depois ou para a última hora.

Claro que isso não acontece da noite para o dia. É uma sucessão de repetições de comportamento e um dos principais sintomas é a procrastinação, que pode ocorrer ou por não gostar do trabalho que faz, ou da morosidade ao fazer as coisas.

O efeito, à primeira vista, pode não parecer tão grave, mas a procrastinação excessiva pode chegar facilmente ao ponto de não cumprir prazos e esquecer tarefas por conta disso. Ademais, os colegas deixam de pedir ajuda nas tarefas, pois sabem que não haverá empenho na conclusão da tarefa. A longo prazo, o prêmio é o merecido estereótipo de preguiçoso.

Mas há maneira de combater preguiça? Há sim. Terapia, alimentação adequada (com alimentos que forneçam muita energia e aumentem a disposição) e inserção de atividades físicas na rotina são as principais ações que podem deixar alguém com mais vigor. Essas alternativas, porém, resolvem aquela preguiça causada por motivos fisiológicos ou psicológicos. Há um tipo pior ainda: a ocasionada pela insatisfação profissional.

Não é à toa que, em todo lugar, bate-se na tecla do “ame o que faz e será um profissional bem sucedido e feliz consigo mesmo”. Nessa situação, a preguiça começa na cama. Quem ama o que faz, não teme levantar para ir ao trabalho. Também não tem medo da noite de domingo, nem reclama que o fim de semana foi muito curto. Quando se reluta para ir trabalhar, reclama-se de tudo (chefes, colegas, estrutura, equipamentos). É mais que um sinal de que há algo errado.

O grande problema é que, infelizmente, as pessoas não notam que esse tipo de comportamento, aos poucos, prejudica bastante elas mesmas. O desempenho aquém do esperado condena (gasto com navegações supérfluas pela internet e preguiça extrema de realizar tarefas) o profissional a, muitas vezes, permanecer naquele cargo e a ficar restrito às mesmas funções sempre. Tudo o que não se deseja. É bom lembrar que a resposta para a satisfação profissional está dentro de cada um.

Mas a preguiça pode ser usada de outra maneira, em benefício próprio. Quando se repete tarefas, a tendência é diminuir o ritmo, pois tudo é feito no “automático”. Aproveite os momentos de preguiça para circular pelo escritório, coletar ideias, usá-las a favor do próprio trabalho. Esse tipo de movimento, circulação, ou realização de atividades que não requerem muito esforço intelectual ajudam a afastar a preguiça, além de que sair da rotina faz com que a atenção e o foco seja mantida no que é feito. Com isso, a mente recebe novos estímulos e isso facilita a concepção de novas maneiras de fazer o que se faz todos os dias. Tente e comprove.

Fonte: http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/1938-preguica-pra-dar-e-vender

Um comentário:

Valdemar Engroff disse...

Bueno! Estou muito mal acostumado desde os tempos que era guri, onde era obrigatório tirar aquela sesta após o almoço - rgra imposta pelo papai e mamãe.... e isto pegou.

Se hoje eu não tirar minha pestaninha - dentro do meu Audi (popular da Fiat rsss), a tarde será improdutiva. Por isso, preguiça longe só com a famosa sesteada spós a bóia campeira.....