sexta-feira, 18 de março de 2011

China negocia soja no RS


Sérgio de Moraes garante que 900 t de soja serão exportadas em breve
Crédito: mauro schaefer


Pela primeira vez na Expodireto Cotrijal com um espaço especialmente dedicado ao agronegócio Chinês, o Instituto Brasil-China de Desenvolvimento, Intercâmbio e Comércio Exterior (Ibede) fechará o evento com, pelo menos, uma grande negociação encaminhada. Segundo o presidente do Instituto, Sérgio de Moraes, 900 toneladas de soja serão exportadas nos próximos meses por cooperativas gaúchas para uma estatal e uma empresa privada chinesas. Os grãos serão utilizados na fabricação de óleo. "As empresas também estão dispostas a firmar parcerias para desenvolver plantas esmagadoras da oleaginosa para que o Brasil exporte não apenas os grãos, mas o óleo industrializado", revela Moraes, que auxilia as negociações, mas não revela o nome das compradoras, já que os protocolos ainda não foram assinados.

Moraes destaca ainda que os empresários chineses estudam a possibilidade de oferecer insumos mais baratos do que os brasileiros em negociações que envolveriam permuta com grãos. "A China está muito interessada no Brasil porque produz 12 milhões de hectares com soja e a produtividade é muito baixa, não passando de 38 sacas/ha. A população chinesa cresce e, com ela, o consumo de alimentos. É aí que o Brasil pode ser seu grande fornecedor", alerta. De acordo com ele, por este motivo, a Expodireto tornou-se o principal espaço de interação com o Brasil. "Neste ano, viemos representando as empresas. Em 2011, iremos trazê-las para negociar."

A Alemanha também enviou negociadores à feira. Além de ter um estande, trouxe representantes para tratar com o setor de máquinas, apresentando a tecnologia utilizada na fabricação de peças. "Viemos para abrir possibilidades de negócios", disse o analista de marketing do espaço, Gerd Wiesendorfer.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=169&Caderno=0&Noticia=269536

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